domingo, 6 de julho de 2008

6º ENCONTRO- Como trabalhar o erro? Qual minha postura diante dos erros de meus alunos?

Este encontro abriu-nos um leque de possibilidades para rever os escritos considerados erros ortográficos.


Num primeiro momento ouvimos Asa Branca, de Luis Gonzage e H. Teixeira, música na qual a letra que nos foi entregue constava várias palavras escritas de forma não-padrão, tais como: oiei no lugar de olhei, "preguntei" em vez de perguntei, dentre outros.
Tivemos então um momento teórico bastante esclerecedor onde nos foram passados conceitos que confesso, não eram por mim conhecidos, tais como:
  1. PALATALIZAÇÃO: Troca do LH pelo I ( em: oie (olhei) , óio (olhos);
  2. ROTACISMO: Troca de uma consoante pelo R. Ex: preguntei ( perguntei), prantação (plantação);
  3. MARCA DO PLURAL APENAS NO 1º ELEMENTO DO SINTAGMA: Ex: Hoje longe muitas légua;
  4. FORMAS ANTIGAS DE ARCAÍSMOS: Em palavras tais como: inté (até) intonce (então);

Os comentários e informações transmitidos ajudam-nos a perceber que muitas escritas de nossos alunos consideradas erros, têm na verdade uma explicação que precisa ser primeiramente analisada, em vez de simplesmente considerada como erro.

Assim, depois deste encontro muito de minha postura diante dos erros se modificou, uma vez que começo a observar bem mais do que a simples escrita errada, para ir além do escrito e observar o contexto do qual este aluno faz parte.

Também começo a me interessar no porquê de determinada escrita, bem como procuro fazer com que meu aluno possa descobrir seus próprios erros de maneira tranqüila e autonoma, utilizando o que em nossa escola costumamos chamar de: Olho vivo, uma proposta de auto-correção apresentada por nossa coordenadora Simone Nogueira, na escola da qual faço parte: CEFNSFAT .

O Olho vivo consiste na correção realizada pelos próprios alunos com base em um esquema.

Modelo de Olho vivo

  1. Troca de letra;
  2. Letra maiúscula;
  3. Parágrafo;
  4. Falta letra/ concordância;
  5. POntuação;
  6. Acentuação;

O professor em vez de simplesmente entregar um texto todo corrigido para que o aluno simplesmente copie-o, irá com o auxílio do Olho vivo fazer a sua correção de acordo com o que se espera como padrão, podendo contar com o auxílio de outros colegas, de seu professor, dentre outros recursos que dispuser para tal.

Um comentário:

Professora Valquiria disse...

Adorei sua reflexão sobre os supostos erros de seus alunos. É muito bom saber que nossos encontros estão servindo para algum tipo de mudança. E o OLHO VIVO é demais. Parabéns!