quinta-feira, 30 de outubro de 2008

PLANO DE AULA RODÍZIO- 3ª & 4ª SÉRIE - FÁBULAS




Data da execução: 28/10/2008
Clientela: Turmas: 3ªA, 3ª B, e 3ª C; 4ªA, 4ª B, e 4ª C da escola Centro de Ensino Fundamental Nossa Senhora
de Fátima;
Turno: Matutino


I. Competências e Habilidades :
· Compreender o sentido das mensagens orais e escritas de que é destinatário direto ou indireto;
· Refletir sobre a língua oral, seu uso e adequação;
· Expor oralmente com desenvoltura;
· Construir sentimentos, experiências e idéias a partir da leitura;[1]

II. Objetivo geral : Desenvolver através de fábulas momentos de descontração e criatividade na produção de textos escritos modificando o narrador da história.
III. Objetivos específicos:
· Promover momento de leitura e escrita em sala de aula;
· Possibilitar a troca de informações entre os alunos;
· Desenvolver a percepção das várias versões de textos;
· Trabalhar com a oralidade dos alunos;

IV. Recursos materiais:
· quadro-giz;
· folha branca;
· fábulas impressas;

V. Recursos humanos:
· Professor leitor da fábula;
· Diálogo para explicações e organização das idéias das crianças;
· Auxílio do professor na construção dos textos;

VI. Procedimentos

A) 1º Momento:

Contar ou ler uma fábula aos alunos;

B) 2º Momento:

Interpretação e entendimento oral da fábula;

C) 3º Momento:

Propor a reprodução coletiva da fábula contada mudando a visão da história e passando para a primeira pessoa.
Fazer interferência no quadro chamando a atenção para a escrita das palavras, pontuação, seqüência de idéias, dentre outros elementos imprescindíveis na construção de textos;
Registro da fábula adaptada no caderno.

D) 4º Momento:
Propor a criação individual de fábulas.
Apresentar diversas possibilidades para a escolha, tais como:
· O homem e o rio;
· O sapo e a mosca;
· A formiga e a galinha;
· O gato e o cachorro;
· O leão e a formiguinha;
· Ou mesmo deixar a livre escolha individual do aluno;

E) 5º Momento:
Estas produções poderão ser realizadas em folhas avulsas para que haja um posterior reajuste por parte do professor com o auxílio do olho vivo.
Caso os alunos não consigam terminar esta atividade poderão realizá-la no próximo encontro (recolher as folhas);



ALGUMAS FÁBULAS
O LEÃO E O RATINHO
Ao sair do buraco viu-se um ratinho entre as patas do leão. Estacou de pêlos em pé, paralisado pelo terror. O leão porém, não lhe fez mal nenhum.
- Segue em paz, ratinho,; não tenhas medo de teu rei.
Dias depois o leão caiu numa rede. Urrou desesperadamente, debateu-se, mas quanto mais se agitava mais preso no laço ficava.
Atraído pelos urros, apareceu o ratinho.
-Amor com amor se paga- disse ele lá consigo e pôs-se a roer as cordas.
Num instante conseguiu romper uma das malhas. E como a rede era das tais que rompida a primeira malha as outras se afrouxam, pôde o leão deslindar-se e fugir.
Mais vale paciência pequenina do que arrancos de leão
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p.51)
A CORUJA E A ÁGUIA
Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
- Basta de guerra- disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
- Perfeitamente- respondeu a águia.- Também eu não quero outra coisa.
-Nesse caso combinemos isto: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
-Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?
-Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes são os meus.
-Está feito! -concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
- Horríveis bichos!- disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja. E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente e foi justar contas com a rainha das aves.
-Que? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...

Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Lá diz o ditado: quem o feio ama, bonito lhe parece.
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p. 8-9)

A RÃ E O BOI
Tomavam sol à beira dum brejo uma rã e uma saracura. Nisto chegou um boi que vinha para o bebedouro.
- Quer ver, disse a rã, como fico do tamanho deste animal?
- Impossível rãzinha. Cada qual como Deus o fez.
- Pois olhe lá!-retorquiu a rã estufando-se toda. Não estou "quase" igual a ele?
- Capaz! Falta muito, amiga.
A rã estufou-se mais um bocado.
-E agora?
- Longe ainda!
A rã fez novo esforço.
- E agora?
- Que esperança!...
A rã concentrando todas as forças,engoliu mais ar e foi se estufando, estufando, até que, plaf! rebentou como um balãozinho de elástico.
O boi que tinha acabado de beber, lançou um olhar de filósofo sobre a rã moribunda e disse:
-Quem nasce para dez réis não chega a vintém!
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p. 10)


O GALO QUE LOGROU A RAPOSA

Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore.A raposa, desapontada, murmurou consigo: "Deixa estar, seu malandro, que já te curo!" E em voz alta:
- Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
- Muito bem!´ exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
Ao ouvir falar em cachorros, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigo Co-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica pra outra vez a festa, sim? Até logo.
E raspou-se.

Contra esperteza, esperteza e meia.
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p.19)

A ONÇA DOENTE

A onça caiu da árvore e por muitos dias esteve de cama seriamente enferma. E como não pudesse caçar, padecia fome das negras.
Em tais apuros imaginou um plano:
- Comadre arara- disse ela- corra o mundo e diga à bicharada que estou à morte e exijo que venham visitar-me.
A irara partiu, deu o recado e os animais, um a um, principiaram a visitar a onça.
Vem o veado, vem a capivara, vem a cutia, vem o porco-do-mato.
Veio também o jabuti.
mas o finório jabuti, antes de penetrar na toca, teve a lembrança de olhar para o chão. Viu na poeira só rastros entrantes, não viu nenhum rastro sainte. E desconfiou:
-Hum!...Parece que nesta casa quem entra não sai. O melhor, em vez de visitar a nossa querida onça doente, é ir rezar por ela...
E foi o único que se salvou. (LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p. 4
[1] Competência e Habilidades propostas no Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal - Ensino Fundamental- 1ª à 4ª série, 2000, p. 99 à 102.
Para visualizar mais fotos entre no blog: galeralegal2008blogspot.com

Literatura de cordel - Momento de leitura

Minha cidade


Autora: Gisele Cristina Tôrres Camelo


Minha cidade me encanta
Não por prédios ou passarelas
Nem por cenas curiosas
Vistas em TV, em novelas

Minha cidade me encanta
por seu jeito natural
Por trazer em suas entrelinhas
as noites belas do Natal...

as tardes de festas juninas,
as ruas de muito lazer
as praças com muitas crianças
ou pessoas fazendo crochê.

Minha cidade tem encantos
que em outros lugares não se viu
ela é única
dentro deste imenso Brasil

Uma cidade ainda pequena
em vistas a tantas que há
Mas muito grande em cultura
em diversidade, em sonhar

Cidade que sonha com o cinema
Com muito mais diversão
Cidade que mora aqui
Bem dentro do meu coração!

Foi em suas ruas
Que cresci e me criei
Correndo por entre os paralelepípedos
Que amigos conquistei

Nas quadras ou praças
De bicicleta andei
E de suas noites estreladas
Com a família desfrutei

Cresci ouvindo seu nome
E sabendo que eras também minha
Uma cidade de nome
Simples: Planaltina

Foi aqui que estudei
Em escolas que marcaram minha formação
e de todas a que mais me lembro
é do nosso patrimônio: o Centrão

Novos nomes vão chegando
Novos estudantes também
Mas nada pode apagar
Lembranças que a gente tem

Dos dias frios de inverno
Das tardes quentes de verão
Correndo por tuas ruas
Subindo em pé de jamelão
Ouvindo os mais velhos contarem
Histórias de assombração.

Planaltina tão querida
viva, real, cheia de glória
E onde quer que eu vá
sempre fará parte de minha história

Cidade de gente alegre
de povo trabalhador
que não tem medo de acordar
e viver com muito labor

Aqui sempre vivi
é onde aprendi crescer
quero poder no futuro
de algum modo te agradecer
fazendo com que o mundo
conheça sua cultura,
seus poetas, sua gente
e quem sabe sua arquitetura
Conheça seus trabalhadores,
vencedores a cada dia
pois trabalham semeando
as sementes da alegria.

Me vejo como uma árvore
Que fincou aqui suas raízes
De onde tiro o sustento
E procuro fazer outros felizes.

Cidade de minha família
Cidade de minha profissão
Cidade que guarda lembranças
Que espalha a emoção
Foi em suas calçadas
que vi muitos desfiles
vi pessoas caminhando
vi crianças felizes

Porém sei que aqui nem tudo são flores
há em nossa cidade ainda muita violência
pessoas que vivem dentro da intolerância

Mas não é por estas coisas
que hei de desistir
De fincar bem minhas raízes
E viver feliz aqui!

Em: 15/05/2008

( Texto produzido ao longo do concurso de Língua Portuguesa aplicado nas turmas de quarta-série do CEF- Nossa Senhora de Fátima, com o tema: O lugar onde eu vivo)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

20º ENCONTRO - Trabalhando com literatura de cordel


HOMI DE TODO JEITO


Minhas caras companheiras
Nesse mundo de meu Deus
Tem homi de tudo que é jeito
Uns crente outros "ateu".
Tem homi que gosta de pinga
e se empanturra de montão
Faz coisa que até Deus duvida
e o diabo não acredita não.

Tem outros que saem no quente sol
trocando sua queridinha
por uma partida de futebol.

A televisão é sua grande amiga
que não lhe deixa na mão
Passa o dia na frente dela
pedindo água e pão.

Tem uma danada de uma coceira
que não acaba mais
no meio das suas pernas
é na frente, não atrás.

Tem um monte de outros defeitos
que aqui eu nem vou citar
mas vocês minhas companheiras,
hão de imaginar.

Apesar de tudo isso
tem muitos que são cabra bão
arruma a pia do banheiro
e aquela encanação
quando precisamos dele
já vem com a ferramenta na mão.

Muitos trabalham de sol a sol
pra trazer o leite e o pão
e há aqueles que até ajudam
fazendo a arrumação.

Homi tem de todo jeito
o que é preciso é perceber
as qualidades e não os defeitos
pra com eles poder conviver!

Autoras: Gisele, Raíssa e Jucylane




( Literatura de cordel, resposta ao texto de Constantino Cartaxo: Muié pequena, Em: 23/10/2008)

domingo, 12 de outubro de 2008

19º Encontro - Intertextualidade e o ensino da Língua Portuguesa







A intertextualidade tem um papel primordial no processo de letramento, visto que quando é dada a oportunidade ao indivíduo de se utilizar de seus conhecimentos prévios primeiramente para se apropriar da norma padrão, bem como quando ao mesmo é aberta uma gama de oportunidades de leituras, tanto mais acontecerá o letramento, o qual vai além da mera decodificação de signos lingüísticos.
Afinal letramento não se trata apenas de ler palavras descontextualizadas, mas sim de conseguir promover momentos de intertexto, bem como construir uma capacidade de ler e interpretar aquilo que foi lido.
De acordo com SILVA ( 2002) A intertextualidade "é um fenômeno constitutivo da produção do sentido e pode dar-se entre textos expressos por diferentes linguagens."
Desta forma todo texto é resultado de outros textos e quanto mais se lê mais temos a consciência da existência constante da intertextualidade.


ATIVIDADE PRÁTICA
Levando a intertextualidade para o fazer pedagógico

Como forma de ilustrar a intertextualidade presente em meu fazer pedagógico gostaria de deixar aqui registrado um texto de minha autoria que conta bastante com o intertexto, visto que me utilizo de personagens das histórias de Monteiro Lobato, tais como: Emília, Visconde de Sabugosa, Dona Benta e Tia Nastácia.
Trata-se de um monólogo teatral escrito para a abertura do Período Literário em nosso projeto: Arca de Noé, da escola CEF - Nossa Senhora de Fátima, que aconteceu no dia 06 de outubro deste ano.
Dois dias antes da peça teatral as crianças tiveram no pátio uma cesta gigante embrulhada para que tentassem descobrir o que havia dentro dela. É difícil descrever a curiosidade das crianças e a vontade que chegasse logo a segunda-feira (dia 06/10/08) para a abertura da grande surpresa!
Contudo o grande dia chegou e além de satisfazerem sua curiosidade todos puderam provar um pouco de intertextualidade, relacionando dados do texto: A grande surpresa com textos tais como: "Viagem ao céu" e 'A chave do Tamanho" de Monteiro Lobato.
Peça teatral:

Toca-se uma música bem tranqüila. Devagarzinho um presente gigante vai se abrindo... A personagem Emília sai de dentro e dança ao som de uma música bem animada com palmas. Após uma longa espreguiçada a música cessa e ela resmunga:
- Ah!!! Até que enfim vocês resolveram abrir este presente! Meu corpinho já estava apertadinho ali dentro que por um instante cheguei a pensar que tinha virado massinha de modelar! Já pensou? Eu, Emília, Marquesa de Rabicó reduzida a uma simples massinha de fazer bonequinhos? Isso é que não! ... Ops... o que é que vocês tanto me olham? Hei... vocês não estão achando que eu era a grande surpresa pesada que estava dentro do presente não, né? Claro que não... Eu também fiquei curiosa em saber o que tinha ali dentro e foi por causa da minha curiosidade que fui parar lá... Vou contá-los como tudo aconteceu: Sabem, eu estava lá no Sítio do Pica pau Amarelo, que é onde eu moro, sabe? Pois bem... Foi quando eu peguei o meu óculos de super visão e através dele vi esta escola aqui... e nesta escola vi este presentão, fiquei curiosíssima para saber o que tinha ali dentro, então fui até o Visconde de Sabugosa, que é um grande inventor lá do Sítio e pedi para ele um pouco do seu pó de Pirlimpimpim, que é um pó mágico capaz de nos levar aonde a imaginação desejar.
- Sabem, eu sou muito curiosa mesmo... um dia cismei de saber o que a tia Nastácia estava cozinhando dentro do forno e quase virei churrasquinho de Emília.
- Pois bem, o Visconde me deu uma pitada do super pó e vim para dentro do presente surpresa... e descobri dentro dele um verdadeiro tesouro! Passei horas e horas desvendando os mistérios que estão aqui escondidos.
- Se vocês quiserem posso até dividir estes mistérios com vocês. Mas tem um grande detalhe, vocês precisam estar preparados...Olhos arregalados, ouvidos atentos, nariz empinadinho e boca em profundo silêncio capaz de ouvir as batidas do coração. Conseguem?!
-Atenção, que o que eu vou mostrar para vocês é um dos maiores tesouros que o ser humano já criou, um tesouro capaz de levar dentro dele muitas coisas, um tesouro que só quem tem a coragem para abrí-lo consegue desvendar seus mistérios... Preparem-se para: O LIVRO ( Retira-se o livro e toca-se uma música bem animada).
Emília continua conversando com o público:
- Eu que sou uma pessoinha muito corajosa vou abrí-lo para desvendar seus mistérios!Ah... este aqui é de piada: VEJAM SÒ! Ah Ah !!! Querem ouvir uma? Está bem ( lê uma piada ou mais de uma).
-Olha... este outro é romance ( Toca uma música romântica do Roberto Carlos, por exemplo)
- Aposto que eles viveram felizes para sempre!!! Ah! O amor é lindo!
- Tem mais... olha... (Música de terror)
- Este me dá calafrios, arrepios do fio do cabelo até o dedão do pé. Só que eu sou corajosa, vou ler! (Lê um trecho do livro) (Toca a música de novo) - Acho melhor deixar para ler este em outro momento, de preferência junto com a vovó, senão de tanto medo posso até fazer "pipi" a cama! Nossa! Mas este presente realmente traz dentro dele muitos tesouros ... ( Lê mais alguns títulos tais como: Menina bonita do laço de fita, de Ana Maria Machado; Sapo vira rei vira sapo de Ruth Rocha, Viagem ao céu e a Chave do tamanho de Monteiro Lobato)
-Queria poder ler todos de uma só vez. Quando leio consigo viajar por mundos distantes, me imagino princesa, fadinha e até bruxa má! Este presente é mesmo fantástico! Queria poder levá-lo comigo lá pro sítio para poder contar as histórias para o Rabicó, aquele porquinho medroso! Mas... me disseram que as crianças desta escola também adoram ler como eu... e acho que este presente é muito valioso para elas também!
-Tudo bem! Eu concordo em não levar comigo este presente mais tem duas condições: A 1ª : Vocês prometem que cuidam bem este tesouro? E 2ª ... posso vir até aqui de vez em quando para desvendar mais mistérios do presente mágico? Juram? Que legal!!!
( Toca o celular da personagem)
- Ops! Esperem um pouquinho parece que é a vovó ligando para mim. "Tá vovó"... (Tampa o celular e diz: Puxa! A vovó está meio brava por eu ter saído sem avisa-la e está tão apressada que me mandou um elevador-voador para chegar lá mais rápido! Tenho que ir! Tchau pessoal... e cuidem bem deste tesouro, e depois eu volto para visitá-los... Tchau!)
( Barulho de foguete)
Autora: Gisele Cristina Tôrres Camelo

Palestra: Manejo da palavra na leitura e na escrita

QUINTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2008
LOCAL: ESCOLA PARQUE
ENCONTRO COM LUCÍLIA GARCEZ E MARGARIDA PATRIOTA


Se você não pode ser um pinheiro no topo da colina
seja um arbusto no vale;
Mas seja o melhor arbusto à margem do regato.
Seja um ramo se não puder ser tronco...
Se não pode ser árvore, seja um pouco de relva...
E dê alegria aos que passam no caminho...
Se não puder ser almíscar, seja então uma tília;
Mas a tília mais viva do lago!
Não podemos ser todos capitães;
temos de ser tripulação.
Há algum lugar para todos nós aqui.
Há grandes obras e outras pequenas a realizar...
Sempre há uma tarefa que devemos empreender.
Se não puder ser uma estrada real, seja uma vereda.
Se não puder ser o sol, seja uma pequena estrela...
Não é pelo tamanho que se ganha ou que se perde...
-Seja o melhor possível, aquilo que você quer que seja!
Douglas Maloch


E ao ser educador aproveite-se da incrível arte de sonhar e fazer outros sonharem através da leitura e da escrita!!!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

18º encontro


Como formar bons leitores

Cada um de nós, seres humanos, trazemos para o ambiente escolar a "bagagem" de conhecimentos que acumulamos ao longo da vida.
É por meio dos conteúdos desta "bagagem" que conseguimos refletir a respeito dos diversos textos que lemos. São os chamados: conhecimentos prévios.
Contudo, somente estes conhecimentos não nos tornam bons leitores, faz-se necessário à escola, ambiente no qual as informações serão sistematizadas, oferecer espaço para a leitura, reflexão e debate constantes.
Os indivíduos precisam perceber que ao se fazer uma leitura, seja ela qual for, tem-se antes de mais nada certos pressupostos, ou seja, certas idéias que antecedem ou dão informações anteriores ao que está escrito; assim como a partir do texto lido há subentendidos que ficam evidenciados, especialmente para os leitores que possuem uma gama maior de conhecimentos.
Desta maneira, quanto mais momentos de leitura e reflexão propostos aos alunos mais os mesmos conseguirão adquirir informações relevantes para outros instantes de leitura.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa ( PCN, 1998) há portanto, uma motivação aos educadores a fim de que reflitam sobre as necessidades de capacitação do aluno em compreender não só o que está escrito, mas também a identificar os implícitos.
Isso faz com que as escolas passem a dar mais atenção ao aspecto de "significação" e não como é de praxe nos dias atuais com a supervalorização que acontece aos estudos de ortografia, acentuação, assimilação de regras gramaticais, de concordância e regência.
As escolas precisam de espaços para a leitura e reflexão, em momentos de leituras prazerosas, possibilitando aos alunos uma leitura que vá além das grafias, além das significações descontextualizadas; que haja mais interpretação e análise do texto do que mera e simples reprodução de conhecimentos.
Formar bons leitores é sempre possível, cabe ao educador empreender propostas de ensino de leitura que objetivem estimular o pensamento organizado, pôr em foco a questão da significação, levando o aluno a apropriar-se do conhecimento de forma consciente, reflexiva e crítica, a fim de que este possa realmente alcançar um dos o objetivos propostos pelos PCN'S: "Tornar-se um usuário competente da linguagem no exercício da cidadania."


BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais- Língua Portuguesa: 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental. Brasília, MEC/SEF, 1998.