sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

ÚLTIMO ENCONTRO: CONFRATERNIZAÇÃO

N
Tivemos momentos fantásticos em nossa confraternização, onde além de experimentarmos guloseimas maravilhosas pudemos apreciar gostosos momentos de trocas literárias!!!

Este curso se tornou para mim mais uma página incrível da história de minha vida e todos os membros deste grupo personagens inesquecíveis! Adorei conhecê-los!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

EXPO-DREP



Momento especial de troca entre membros dos cursos ministrados neste ano pela Secretaria de Educação Básica em parceria com o CFORM- Centro de Formação Continuada de professores/Universidade de Brasília





Este encontro foi bastante especial, marcado por apresentações e exposições belíssimas!!! Vimos desde os livros produzidos por crianças da Educação Infantil, até os mais elaborados pelos alunos de 4ªs séries.
Muitos projetos foram expostos e pudemos ver o quanto nossa cidade é rica em termos de escolas criativas e profissionais dedicados.
Fiquei encantada com tantas idéias inovadoras que vieram enriquecer o nosso fazer pedagógico, fazendo-nos perceber outras formas de lidar com a Língua Portuguesa em sala de aula.
Desta maneira, para expressar com tamanha veracidade o que foi este encontro só mesmo estando lá presente, pois tantas cores e formas precisam ser vivenciadas para serem verdadeiramente percebidas... Assim como os abraços de companheiros de jornada só puderam ser sentidos no calor deste momento!


A meu ver, a I EXPO-DREP foi um sucesso!!! E nós somos privilegiados por fazer parte de tudo isso!

24º ENCONTRO


Oficina de Língua Portuguesa
( Encontro do dia 20/11/2008)

Este encontro foi marcado pela fantástica arte de ensinar de maneira lúdica e ao mesmo tempo contextualizada com a realidade da clientela com a qual lidamos em nosso dia-a-dia. Tivemos, assim, jogos e atividades que nos fizeram, mesmo que por um instante, voltar a nos sentir como as crianças em processo de aprendizagem.
Pudemos participar do Jogo do Dicionário através do qual precisávamos dar o sentido conotativo de uma palavra sorteada para que o grupo descobrisse qual era o verbete. Pelo que pude notar é bem mais difícil dar um sentido conotativo do que o verdadeiro sentido da palavra (sentido denotativo).
Tive também neste encontro a possibilidade de repassar a meus colegas cursistas algo que aprendi a algum tempo atrás com a professora Thelma, da Oficina Pedagógica de Planaltina, que é o que hoje chamo de Banco de palavras.
Trata-se de um livro de dobradura, o qual no início do ano ensinei a meus alunos para que o utilizassem para registrar as palavras de que tinham dificuldade na escrita para que sempre que precisassem escrevê-las pudessem recorrer ao mesmo.
Senti bastante receptividade e motivação por parte de meus colegas e fiquei feliz em saber que esta idéia pode ser divulgada junto a outros alunos.
Enfim, o encontro foi satisfatório e a meu ver atingiu seus objetivos previstos, dentre os quais se destaca:
· Despertar para a utilidade de jogos e atividades contextualizadas em sala de aula;
Neste encontro houve ainda a avaliação do curso e uma auto-avaliação. Isso nos permitiu refletir a respeito dos muitos encontros que tivemos e do quanto isso acrescentou em conhecimentos em nosso fazer pedagógico.
Particularmente adorei o curso e me senti bem a vontade para participar dos debates e reflexões, tanto durante os encontros ao vivo, ou nestes encontros via internet através dos blogs.
Nossa orientadora procurou ser bem mais que uma transmissora dos conhecimentos, mas principalmente uma amiga e aprendiz junto conosco. Podemos dizer que foi de mãos dadas que construímos nossos conhecimentos e, posso dizer com certeza, que a partir das experiências deste curso serei uma educadora bem mais eficiente nesta área de estudo de que tanto adoro que é: a Língua Portuguesa!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

23º ENCONTRO- APRECIAÇÃO DOS BLOGS



FOI LONGA NOSSA JORNADA, MAS AQUI CHEGAMOS! É HORA DE APRECIARMOS O CAMINHO TRILHADO E VISLUMBRAR NOVOS CAMINHOS PARA O FUTURO!

Breve reflexão deste caminho trilhado


Depois de tantos encontros entre TEXTO, LINGUAGEM E INTERAÇÃO(1), debatemos, aprendemos e trocamos conhecimentos, convivendo com GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS (2) diversos que fortaleceram ainda mais nossas práticas numa busca constante dos FATORES DE TEXTUALIDADE(3), da ORALIDADE, ESCRITA E REFLEXÃO GRAMATICAL(4).
A VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA(5) se fez presente em muitos momentos, seja nas reflexões do nosso dia a dia na prática pedagógica ou em nossas vidas de eternos estudantes que percebem, agora com mais clareza, a própria MUDANÇA LINGÜÍSTICA(6).
Houve momentos de prática e bastante leitura teórica que nos acrescentou para um trabalho cada vez mais coerente em sala de aula.
Enfim o TEXTO E a INTERAÇÃO: PRÁTICAS DE ANÁLISE LINGÜÍSTICA ( 7 e 8) do curso foram os alicerces para a construção de novos conhecimentos, a solidificação do que já se conhecia e a percepção para a necessidade de um estudo constante para que possamos atuar com qualidade nas escolas públicas do Distrito Federal no estudo da Língua Portuguesa nos dias atuais.
Desta forma, vejo o curso como um caminho trilhado com bastante aprendizado o qual me forneceu ferramentas e "fôlego" para os novos caminhos que se apresentarão diante de minha prática de educadora.
Obs. Os números no texto referem-se aos números dos fascículos estudados no Módulo 2- "Alfabetização e Linguagem" e seus respectivos títulos.






domingo, 9 de novembro de 2008

Reflexão: 22º Encontro 06/11/2008

Reflexões sobre a coerência e a construção do
sentido
Quais as relações existentes entre o fascículo 4 e as outras leituras feitas dos fascículos anteriores?

Cada fascículo estudado neste curso em questão, traz em seu contexto informações pertinentes à nossa língua, alguns tratando bastante das variações lingüísticas, outros com uma visão de intertexto, práticas de análise lingüística e mais alguns especificamente trabalhando os gêneros e tipos textuais ou a mudança lingüística.
O fascículo 4, por sua vez ao trabalhar com a oralidade, a escrita e a reflexão gramatical faz uma relação de coerência entre os demais fascículos, visto a necessidade de alguns conhecimentos prévios e de uma visão de mundo para a compreensão de diversas reflexões nele abordadas.
Os textos nos são coerentes pois já tivemos de antemão a oportunidade de refletir sobre diversos assuntos nele apresentados.
É como se este fascículo funcionasse como uma sistematização de muitos conhecimentos adquiridos ao longo do curso, visto que ao trabalhar com atividades tais como: a transformação do discurso direto para o indireto isso nos remete aos princípios da textualidade, aos gêneros e tipos textuais, bem como para a necessidade dos conhecimentos prévios; Ao mostrar atividades de oralidade na construção de produções, enfatiza dados da língua que nada mais são do que as variações lingüísticas; dentre inúmeras outras informações dadas ao longo do curso.

Reflexão: 21º Encontro- 30/10/2008

A semântica do texto e o estabelecimento das relações lógico-discursivas
Percebemos ao longo deste encontro que muitos de nossos alunos possuem dificuldades na escrita e muitas vezes estas dificuldades estão relacionadas ao fato de que redigem com uma estruturação inadequada nas frases, demonstrando muitas vezes que desconhecem a importância da relação entre as idéias.
Para sanar tais dificuldades é interessante que o educador proponha, além dos tradicionais exercícios de gramática, que segundo CORRÊA (2004: 30) "transmitem um conhecimento que o aluno pode muito bem memorizar e até compreender... mas não são eficientes quando o objetivo é aumentar a competência para a leitura e a escrita", mas exercícios que trabalhem a prática lingüística, exercícios tais como: paráfrases, redações, atividades de compreensão de trechos escritos em vários níveis de dificuldade, dentre outros.
É imprescindível, como afirmava o antigo professor FRANCHI (apud CORRÊA, 2004: 30)[1] "não passar nenhum dia sem escrever uma linha". É a prática que nos torna verdadeiros escritos e leitores de nossa língua, capazes de utilizar os conectivos e as demais classes gramaticais de maneira coesa e coerente em textos que tenham um sentido para quem o lerá.
Nós como educadores também não podemos passar um só dia sem a prática da leitura e da escrita pois trata-se de algo que nos abre diversas possibilidades para uma eficiente prática pedagógica.
[1] CORRÊA, Vilma Reche. Fatores de textualidade. Brasília: CFORM/ UNB: Secretaria de Educação Básica - MEC/SEB, 2004.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

PLANO DE AULA RODÍZIO- 3ª & 4ª SÉRIE - FÁBULAS




Data da execução: 28/10/2008
Clientela: Turmas: 3ªA, 3ª B, e 3ª C; 4ªA, 4ª B, e 4ª C da escola Centro de Ensino Fundamental Nossa Senhora
de Fátima;
Turno: Matutino


I. Competências e Habilidades :
· Compreender o sentido das mensagens orais e escritas de que é destinatário direto ou indireto;
· Refletir sobre a língua oral, seu uso e adequação;
· Expor oralmente com desenvoltura;
· Construir sentimentos, experiências e idéias a partir da leitura;[1]

II. Objetivo geral : Desenvolver através de fábulas momentos de descontração e criatividade na produção de textos escritos modificando o narrador da história.
III. Objetivos específicos:
· Promover momento de leitura e escrita em sala de aula;
· Possibilitar a troca de informações entre os alunos;
· Desenvolver a percepção das várias versões de textos;
· Trabalhar com a oralidade dos alunos;

IV. Recursos materiais:
· quadro-giz;
· folha branca;
· fábulas impressas;

V. Recursos humanos:
· Professor leitor da fábula;
· Diálogo para explicações e organização das idéias das crianças;
· Auxílio do professor na construção dos textos;

VI. Procedimentos

A) 1º Momento:

Contar ou ler uma fábula aos alunos;

B) 2º Momento:

Interpretação e entendimento oral da fábula;

C) 3º Momento:

Propor a reprodução coletiva da fábula contada mudando a visão da história e passando para a primeira pessoa.
Fazer interferência no quadro chamando a atenção para a escrita das palavras, pontuação, seqüência de idéias, dentre outros elementos imprescindíveis na construção de textos;
Registro da fábula adaptada no caderno.

D) 4º Momento:
Propor a criação individual de fábulas.
Apresentar diversas possibilidades para a escolha, tais como:
· O homem e o rio;
· O sapo e a mosca;
· A formiga e a galinha;
· O gato e o cachorro;
· O leão e a formiguinha;
· Ou mesmo deixar a livre escolha individual do aluno;

E) 5º Momento:
Estas produções poderão ser realizadas em folhas avulsas para que haja um posterior reajuste por parte do professor com o auxílio do olho vivo.
Caso os alunos não consigam terminar esta atividade poderão realizá-la no próximo encontro (recolher as folhas);



ALGUMAS FÁBULAS
O LEÃO E O RATINHO
Ao sair do buraco viu-se um ratinho entre as patas do leão. Estacou de pêlos em pé, paralisado pelo terror. O leão porém, não lhe fez mal nenhum.
- Segue em paz, ratinho,; não tenhas medo de teu rei.
Dias depois o leão caiu numa rede. Urrou desesperadamente, debateu-se, mas quanto mais se agitava mais preso no laço ficava.
Atraído pelos urros, apareceu o ratinho.
-Amor com amor se paga- disse ele lá consigo e pôs-se a roer as cordas.
Num instante conseguiu romper uma das malhas. E como a rede era das tais que rompida a primeira malha as outras se afrouxam, pôde o leão deslindar-se e fugir.
Mais vale paciência pequenina do que arrancos de leão
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p.51)
A CORUJA E A ÁGUIA
Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
- Basta de guerra- disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
- Perfeitamente- respondeu a águia.- Também eu não quero outra coisa.
-Nesse caso combinemos isto: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
-Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?
-Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes são os meus.
-Está feito! -concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
- Horríveis bichos!- disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja. E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente e foi justar contas com a rainha das aves.
-Que? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...

Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Lá diz o ditado: quem o feio ama, bonito lhe parece.
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p. 8-9)

A RÃ E O BOI
Tomavam sol à beira dum brejo uma rã e uma saracura. Nisto chegou um boi que vinha para o bebedouro.
- Quer ver, disse a rã, como fico do tamanho deste animal?
- Impossível rãzinha. Cada qual como Deus o fez.
- Pois olhe lá!-retorquiu a rã estufando-se toda. Não estou "quase" igual a ele?
- Capaz! Falta muito, amiga.
A rã estufou-se mais um bocado.
-E agora?
- Longe ainda!
A rã fez novo esforço.
- E agora?
- Que esperança!...
A rã concentrando todas as forças,engoliu mais ar e foi se estufando, estufando, até que, plaf! rebentou como um balãozinho de elástico.
O boi que tinha acabado de beber, lançou um olhar de filósofo sobre a rã moribunda e disse:
-Quem nasce para dez réis não chega a vintém!
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p. 10)


O GALO QUE LOGROU A RAPOSA

Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore.A raposa, desapontada, murmurou consigo: "Deixa estar, seu malandro, que já te curo!" E em voz alta:
- Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
- Muito bem!´ exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
Ao ouvir falar em cachorros, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigo Co-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica pra outra vez a festa, sim? Até logo.
E raspou-se.

Contra esperteza, esperteza e meia.
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p.19)

A ONÇA DOENTE

A onça caiu da árvore e por muitos dias esteve de cama seriamente enferma. E como não pudesse caçar, padecia fome das negras.
Em tais apuros imaginou um plano:
- Comadre arara- disse ela- corra o mundo e diga à bicharada que estou à morte e exijo que venham visitar-me.
A irara partiu, deu o recado e os animais, um a um, principiaram a visitar a onça.
Vem o veado, vem a capivara, vem a cutia, vem o porco-do-mato.
Veio também o jabuti.
mas o finório jabuti, antes de penetrar na toca, teve a lembrança de olhar para o chão. Viu na poeira só rastros entrantes, não viu nenhum rastro sainte. E desconfiou:
-Hum!...Parece que nesta casa quem entra não sai. O melhor, em vez de visitar a nossa querida onça doente, é ir rezar por ela...
E foi o único que se salvou. (LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p. 4
[1] Competência e Habilidades propostas no Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal - Ensino Fundamental- 1ª à 4ª série, 2000, p. 99 à 102.
Para visualizar mais fotos entre no blog: galeralegal2008blogspot.com

Literatura de cordel - Momento de leitura

Minha cidade


Autora: Gisele Cristina Tôrres Camelo


Minha cidade me encanta
Não por prédios ou passarelas
Nem por cenas curiosas
Vistas em TV, em novelas

Minha cidade me encanta
por seu jeito natural
Por trazer em suas entrelinhas
as noites belas do Natal...

as tardes de festas juninas,
as ruas de muito lazer
as praças com muitas crianças
ou pessoas fazendo crochê.

Minha cidade tem encantos
que em outros lugares não se viu
ela é única
dentro deste imenso Brasil

Uma cidade ainda pequena
em vistas a tantas que há
Mas muito grande em cultura
em diversidade, em sonhar

Cidade que sonha com o cinema
Com muito mais diversão
Cidade que mora aqui
Bem dentro do meu coração!

Foi em suas ruas
Que cresci e me criei
Correndo por entre os paralelepípedos
Que amigos conquistei

Nas quadras ou praças
De bicicleta andei
E de suas noites estreladas
Com a família desfrutei

Cresci ouvindo seu nome
E sabendo que eras também minha
Uma cidade de nome
Simples: Planaltina

Foi aqui que estudei
Em escolas que marcaram minha formação
e de todas a que mais me lembro
é do nosso patrimônio: o Centrão

Novos nomes vão chegando
Novos estudantes também
Mas nada pode apagar
Lembranças que a gente tem

Dos dias frios de inverno
Das tardes quentes de verão
Correndo por tuas ruas
Subindo em pé de jamelão
Ouvindo os mais velhos contarem
Histórias de assombração.

Planaltina tão querida
viva, real, cheia de glória
E onde quer que eu vá
sempre fará parte de minha história

Cidade de gente alegre
de povo trabalhador
que não tem medo de acordar
e viver com muito labor

Aqui sempre vivi
é onde aprendi crescer
quero poder no futuro
de algum modo te agradecer
fazendo com que o mundo
conheça sua cultura,
seus poetas, sua gente
e quem sabe sua arquitetura
Conheça seus trabalhadores,
vencedores a cada dia
pois trabalham semeando
as sementes da alegria.

Me vejo como uma árvore
Que fincou aqui suas raízes
De onde tiro o sustento
E procuro fazer outros felizes.

Cidade de minha família
Cidade de minha profissão
Cidade que guarda lembranças
Que espalha a emoção
Foi em suas calçadas
que vi muitos desfiles
vi pessoas caminhando
vi crianças felizes

Porém sei que aqui nem tudo são flores
há em nossa cidade ainda muita violência
pessoas que vivem dentro da intolerância

Mas não é por estas coisas
que hei de desistir
De fincar bem minhas raízes
E viver feliz aqui!

Em: 15/05/2008

( Texto produzido ao longo do concurso de Língua Portuguesa aplicado nas turmas de quarta-série do CEF- Nossa Senhora de Fátima, com o tema: O lugar onde eu vivo)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

20º ENCONTRO - Trabalhando com literatura de cordel


HOMI DE TODO JEITO


Minhas caras companheiras
Nesse mundo de meu Deus
Tem homi de tudo que é jeito
Uns crente outros "ateu".
Tem homi que gosta de pinga
e se empanturra de montão
Faz coisa que até Deus duvida
e o diabo não acredita não.

Tem outros que saem no quente sol
trocando sua queridinha
por uma partida de futebol.

A televisão é sua grande amiga
que não lhe deixa na mão
Passa o dia na frente dela
pedindo água e pão.

Tem uma danada de uma coceira
que não acaba mais
no meio das suas pernas
é na frente, não atrás.

Tem um monte de outros defeitos
que aqui eu nem vou citar
mas vocês minhas companheiras,
hão de imaginar.

Apesar de tudo isso
tem muitos que são cabra bão
arruma a pia do banheiro
e aquela encanação
quando precisamos dele
já vem com a ferramenta na mão.

Muitos trabalham de sol a sol
pra trazer o leite e o pão
e há aqueles que até ajudam
fazendo a arrumação.

Homi tem de todo jeito
o que é preciso é perceber
as qualidades e não os defeitos
pra com eles poder conviver!

Autoras: Gisele, Raíssa e Jucylane




( Literatura de cordel, resposta ao texto de Constantino Cartaxo: Muié pequena, Em: 23/10/2008)

domingo, 12 de outubro de 2008

19º Encontro - Intertextualidade e o ensino da Língua Portuguesa







A intertextualidade tem um papel primordial no processo de letramento, visto que quando é dada a oportunidade ao indivíduo de se utilizar de seus conhecimentos prévios primeiramente para se apropriar da norma padrão, bem como quando ao mesmo é aberta uma gama de oportunidades de leituras, tanto mais acontecerá o letramento, o qual vai além da mera decodificação de signos lingüísticos.
Afinal letramento não se trata apenas de ler palavras descontextualizadas, mas sim de conseguir promover momentos de intertexto, bem como construir uma capacidade de ler e interpretar aquilo que foi lido.
De acordo com SILVA ( 2002) A intertextualidade "é um fenômeno constitutivo da produção do sentido e pode dar-se entre textos expressos por diferentes linguagens."
Desta forma todo texto é resultado de outros textos e quanto mais se lê mais temos a consciência da existência constante da intertextualidade.


ATIVIDADE PRÁTICA
Levando a intertextualidade para o fazer pedagógico

Como forma de ilustrar a intertextualidade presente em meu fazer pedagógico gostaria de deixar aqui registrado um texto de minha autoria que conta bastante com o intertexto, visto que me utilizo de personagens das histórias de Monteiro Lobato, tais como: Emília, Visconde de Sabugosa, Dona Benta e Tia Nastácia.
Trata-se de um monólogo teatral escrito para a abertura do Período Literário em nosso projeto: Arca de Noé, da escola CEF - Nossa Senhora de Fátima, que aconteceu no dia 06 de outubro deste ano.
Dois dias antes da peça teatral as crianças tiveram no pátio uma cesta gigante embrulhada para que tentassem descobrir o que havia dentro dela. É difícil descrever a curiosidade das crianças e a vontade que chegasse logo a segunda-feira (dia 06/10/08) para a abertura da grande surpresa!
Contudo o grande dia chegou e além de satisfazerem sua curiosidade todos puderam provar um pouco de intertextualidade, relacionando dados do texto: A grande surpresa com textos tais como: "Viagem ao céu" e 'A chave do Tamanho" de Monteiro Lobato.
Peça teatral:

Toca-se uma música bem tranqüila. Devagarzinho um presente gigante vai se abrindo... A personagem Emília sai de dentro e dança ao som de uma música bem animada com palmas. Após uma longa espreguiçada a música cessa e ela resmunga:
- Ah!!! Até que enfim vocês resolveram abrir este presente! Meu corpinho já estava apertadinho ali dentro que por um instante cheguei a pensar que tinha virado massinha de modelar! Já pensou? Eu, Emília, Marquesa de Rabicó reduzida a uma simples massinha de fazer bonequinhos? Isso é que não! ... Ops... o que é que vocês tanto me olham? Hei... vocês não estão achando que eu era a grande surpresa pesada que estava dentro do presente não, né? Claro que não... Eu também fiquei curiosa em saber o que tinha ali dentro e foi por causa da minha curiosidade que fui parar lá... Vou contá-los como tudo aconteceu: Sabem, eu estava lá no Sítio do Pica pau Amarelo, que é onde eu moro, sabe? Pois bem... Foi quando eu peguei o meu óculos de super visão e através dele vi esta escola aqui... e nesta escola vi este presentão, fiquei curiosíssima para saber o que tinha ali dentro, então fui até o Visconde de Sabugosa, que é um grande inventor lá do Sítio e pedi para ele um pouco do seu pó de Pirlimpimpim, que é um pó mágico capaz de nos levar aonde a imaginação desejar.
- Sabem, eu sou muito curiosa mesmo... um dia cismei de saber o que a tia Nastácia estava cozinhando dentro do forno e quase virei churrasquinho de Emília.
- Pois bem, o Visconde me deu uma pitada do super pó e vim para dentro do presente surpresa... e descobri dentro dele um verdadeiro tesouro! Passei horas e horas desvendando os mistérios que estão aqui escondidos.
- Se vocês quiserem posso até dividir estes mistérios com vocês. Mas tem um grande detalhe, vocês precisam estar preparados...Olhos arregalados, ouvidos atentos, nariz empinadinho e boca em profundo silêncio capaz de ouvir as batidas do coração. Conseguem?!
-Atenção, que o que eu vou mostrar para vocês é um dos maiores tesouros que o ser humano já criou, um tesouro capaz de levar dentro dele muitas coisas, um tesouro que só quem tem a coragem para abrí-lo consegue desvendar seus mistérios... Preparem-se para: O LIVRO ( Retira-se o livro e toca-se uma música bem animada).
Emília continua conversando com o público:
- Eu que sou uma pessoinha muito corajosa vou abrí-lo para desvendar seus mistérios!Ah... este aqui é de piada: VEJAM SÒ! Ah Ah !!! Querem ouvir uma? Está bem ( lê uma piada ou mais de uma).
-Olha... este outro é romance ( Toca uma música romântica do Roberto Carlos, por exemplo)
- Aposto que eles viveram felizes para sempre!!! Ah! O amor é lindo!
- Tem mais... olha... (Música de terror)
- Este me dá calafrios, arrepios do fio do cabelo até o dedão do pé. Só que eu sou corajosa, vou ler! (Lê um trecho do livro) (Toca a música de novo) - Acho melhor deixar para ler este em outro momento, de preferência junto com a vovó, senão de tanto medo posso até fazer "pipi" a cama! Nossa! Mas este presente realmente traz dentro dele muitos tesouros ... ( Lê mais alguns títulos tais como: Menina bonita do laço de fita, de Ana Maria Machado; Sapo vira rei vira sapo de Ruth Rocha, Viagem ao céu e a Chave do tamanho de Monteiro Lobato)
-Queria poder ler todos de uma só vez. Quando leio consigo viajar por mundos distantes, me imagino princesa, fadinha e até bruxa má! Este presente é mesmo fantástico! Queria poder levá-lo comigo lá pro sítio para poder contar as histórias para o Rabicó, aquele porquinho medroso! Mas... me disseram que as crianças desta escola também adoram ler como eu... e acho que este presente é muito valioso para elas também!
-Tudo bem! Eu concordo em não levar comigo este presente mais tem duas condições: A 1ª : Vocês prometem que cuidam bem este tesouro? E 2ª ... posso vir até aqui de vez em quando para desvendar mais mistérios do presente mágico? Juram? Que legal!!!
( Toca o celular da personagem)
- Ops! Esperem um pouquinho parece que é a vovó ligando para mim. "Tá vovó"... (Tampa o celular e diz: Puxa! A vovó está meio brava por eu ter saído sem avisa-la e está tão apressada que me mandou um elevador-voador para chegar lá mais rápido! Tenho que ir! Tchau pessoal... e cuidem bem deste tesouro, e depois eu volto para visitá-los... Tchau!)
( Barulho de foguete)
Autora: Gisele Cristina Tôrres Camelo

Palestra: Manejo da palavra na leitura e na escrita

QUINTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2008
LOCAL: ESCOLA PARQUE
ENCONTRO COM LUCÍLIA GARCEZ E MARGARIDA PATRIOTA


Se você não pode ser um pinheiro no topo da colina
seja um arbusto no vale;
Mas seja o melhor arbusto à margem do regato.
Seja um ramo se não puder ser tronco...
Se não pode ser árvore, seja um pouco de relva...
E dê alegria aos que passam no caminho...
Se não puder ser almíscar, seja então uma tília;
Mas a tília mais viva do lago!
Não podemos ser todos capitães;
temos de ser tripulação.
Há algum lugar para todos nós aqui.
Há grandes obras e outras pequenas a realizar...
Sempre há uma tarefa que devemos empreender.
Se não puder ser uma estrada real, seja uma vereda.
Se não puder ser o sol, seja uma pequena estrela...
Não é pelo tamanho que se ganha ou que se perde...
-Seja o melhor possível, aquilo que você quer que seja!
Douglas Maloch


E ao ser educador aproveite-se da incrível arte de sonhar e fazer outros sonharem através da leitura e da escrita!!!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

18º encontro


Como formar bons leitores

Cada um de nós, seres humanos, trazemos para o ambiente escolar a "bagagem" de conhecimentos que acumulamos ao longo da vida.
É por meio dos conteúdos desta "bagagem" que conseguimos refletir a respeito dos diversos textos que lemos. São os chamados: conhecimentos prévios.
Contudo, somente estes conhecimentos não nos tornam bons leitores, faz-se necessário à escola, ambiente no qual as informações serão sistematizadas, oferecer espaço para a leitura, reflexão e debate constantes.
Os indivíduos precisam perceber que ao se fazer uma leitura, seja ela qual for, tem-se antes de mais nada certos pressupostos, ou seja, certas idéias que antecedem ou dão informações anteriores ao que está escrito; assim como a partir do texto lido há subentendidos que ficam evidenciados, especialmente para os leitores que possuem uma gama maior de conhecimentos.
Desta maneira, quanto mais momentos de leitura e reflexão propostos aos alunos mais os mesmos conseguirão adquirir informações relevantes para outros instantes de leitura.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa ( PCN, 1998) há portanto, uma motivação aos educadores a fim de que reflitam sobre as necessidades de capacitação do aluno em compreender não só o que está escrito, mas também a identificar os implícitos.
Isso faz com que as escolas passem a dar mais atenção ao aspecto de "significação" e não como é de praxe nos dias atuais com a supervalorização que acontece aos estudos de ortografia, acentuação, assimilação de regras gramaticais, de concordância e regência.
As escolas precisam de espaços para a leitura e reflexão, em momentos de leituras prazerosas, possibilitando aos alunos uma leitura que vá além das grafias, além das significações descontextualizadas; que haja mais interpretação e análise do texto do que mera e simples reprodução de conhecimentos.
Formar bons leitores é sempre possível, cabe ao educador empreender propostas de ensino de leitura que objetivem estimular o pensamento organizado, pôr em foco a questão da significação, levando o aluno a apropriar-se do conhecimento de forma consciente, reflexiva e crítica, a fim de que este possa realmente alcançar um dos o objetivos propostos pelos PCN'S: "Tornar-se um usuário competente da linguagem no exercício da cidadania."


BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais- Língua Portuguesa: 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental. Brasília, MEC/SEF, 1998.

sábado, 13 de setembro de 2008

17º ENCONTRO -FALANDO DE HUMOR


O ser humano é capaz de colocar humor em tudo o que quiser... Pensando assim, a sala de aula é também um espaço de humor para a vida dos educandos e educadores que nela convivem...



Afinal, a linguagem é algo mesmo algo fantástico!!! E a compreensão depende da visão de mundo de cada um de nós!!!

VISITA À FEIRA DO LIVRO

O livro é uma caixa mágica de palavras, através dele podemos viajar por planetas distantes, adentrar espaços desconhecidos e construir grandes castelos imaginários.
Gisele


Um encontro diferente...
Um momentos de apreciar a beleza da vida!
Um instante de reflexão...
É assim que defino a visita a um local repleto de imagens e idéias... Um local que propõe a cada um de nós a reflexão sobre o que já sabemos, a busca do novo e a troca de informações que tanto nos enriquece...
Para os amantes da leitura, como eu: simplesmente é uma visita ao paraíso!

16º ENCONTRO - REFLEXÕES EM GRUPO SOBRE O FILME DESMUNDO

No filme assistido há aspectos que encontram-se explícitos, porém muitos que apresentam-se implícitos.
Como aspectos explícitos do filme podemos perceber: a crueldade com que os homens tratavam as mulheres, a influência da igreja, a crueldade para com as pessoas negras e africanas, bem como a necessidade de poder por parte do homem branco.
Já como aspectos implícitos, aqueles que são necessários um pouco mais de atenção do telespectador, temos: a ambição de membros da própria igreja, o encesto que provocou uma gravidez indesejada onde a criança fruto desta atitude é portadora da Síndrome de Down, o ciúmes doentio do marido pela mulher a ponto de espancá-la sem motivo aparente, a traição que ocasiona o nascimento de uma criança que não é filha do marido, etc.
O filme nos faz buscar em nós a presença de valores pois o mesmo foge até mesmo à muitos Direitos Humanos: pessoas que são tratadas como animais que precisam carregar outras nos próprios ombros, mulheres provenientes de conventos que são obrigadas a se casar a mando da própria igreja, a mulher que é trancada e amarrada como uma animal para que não fuja de seu dono, etc.,
Enfim, através do filme além das temáticas a serem abordadas especificamente na disciplina de Língua Portuguesa, tais como: a mudança lingüística, a influência de outros povos na construção de nossa língua e a língua padrão X língua coloquial; também aponta temas a serem bastante refletidos, os quais nos faz perceber o quanto a ação humana em determinadas épocas de nossa história foram explicitamente vergonhosas e lutar através da nossa voz em sala de aula para combater todos os preconceitos e buscar uma sociedade mais justa, mais cidadã!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

15º ENCONTRO -

TEXTO REFLEXIVO SOBRE O FILME DESMUNDO

O filme acima mencionado entrelaça a história de vida de uma orfã vinda de um convento em Portugal para se casar com um homem rude da época do Brasil colônia, com a própria história do Brasil em 1500.
Em seu enredo o filme mostra-nos diversos tipos de preconceitos que eram bastante explícitos naquela época, tais como: o preconceito quanto às pessoas negras, contra os indígenas, mulheres e pessoas com necessidades especiais.
Mostra-nos o quanto o poder do homem branco atingia estas pessoas de forma cruel e até mesmo desumana.
O filme faz ainda referência à dados da nossa história, tais como: a caçada ao ouro no interior do Brasil ( os Bandeiras), bem como a escola destinada a disseminar a religião católica com os padres jesuítas.
Os personagens se utilizam ao longo do filme de uma linguagem própria da época que possui muitas diferenças com a língua coloquial dos dias atuais, inclusive há cenas que se não houvesse legendas seria impossível compreendê-las.
São expressões e palavras tais como:
aquo= aqui
deu gracias= graças a Deus
ancianas= velhas
frimosas= formosas
casar= casamento
frores=flores
emos= temos
mo= meu
vinde= venham
derriba= desça
pouquitinho= pouquinho
fermesuras= formosuras
gracias= obrigada
novio= noivo
Quem sois vós?= Quem é você?
poico= pouco
Me gosta desta! = Gosto dessa
amonte= monte ( no cavalo)
voluntades= desejos
Dentre inúmeras outras.
A partir destas expressões e falas é possível colocar na prática conceitos que adquirimos ao longo dos estudos reflexivos nos encontros do curso sobre traços que marcam o nosso falar e perceber que a fala varia de acordo com a época.
Por isso é importante que ao se trabalhar a língua em sala de aula o professor dê a oportunidade a seus alunos para conhecer um pouco da história de seu país, discorrendo sobre suas mudanças ao longo dos tempos, pois é possível que o aluno passe a perceber que nossa língua não é algo estático, mas sim algo que está em constante inovação no dia-a-dia.
Isso poderá com certeza influenciar na construção dos leitores e escritores que estes se tornarão, pois poderão perceber-se como agentes transformadores e reprodutores de uma língua. Assim poderão notar que nem tudo é totalmente certo ou totalemente errado em nossos falares, ou seja, tudo pode sofrer influencia: seja do tempo, do espaço ou do momento vivenciado.

14º ENCONTRO - Um pouco mais sobre ortografia


Os erros de grafia cometidos por nossos alunos são muitas vezes encarados como grandes problemas a serem sanados. Contudo, a tarefa de melhorar a escrita das crianças pode ser algo agradável e até mesmo divertido.

Isso então depende da maneira como cada educador procura ministrar suas aulas. Acredito que a melhor opção é aquela que torne o ensino significativo, quem sabe o que já foi citado na reflexão do encontro anterior: as dinâmicas, jogos e atividades que proponham o desafio às crianças! Elas adoram ser desafiadas!

Sabemos que além disso o educador precisa estar em constante reflexão a respeito das reais causas dos erros de grafia:



  • Será que isso são marcas da língua falada pelo indivíduo, ou seja a transcrição fiel à sua fala?


  • Será que o problema pode ser a falta de leitura?


  • Será que o aluno ainda não teve contato com certas regras que permeiam a nossa língua?


  • Ou será que a criança ao escrever estará sendo desatenta e escrevendo "errado" até mesmo aquilo que já leu bastante ou que já foi muito trabalhado pelo educador?

Somente fazendo estas indagações e procurando respostas a elas é que o professor poderá realmente traçar as suas linhas de traballho. E para isso faz-se necessário que este também adquira o hábito de ler e investigar, buscando recursos para ajudar seus alunos a obterem êxito.

domingo, 24 de agosto de 2008

13º ENCONTRO - Falando um pouco sobre ortografia

É muito importante que todos os profissionais da educação e não só os professores de Língua Portuguesa percebam a necessidade do trabalho constante que é o ensino da norma padrão.
Muitos educadores transformam este fazer num trabalho árduo o que muitas vezes ocasiona a construção de sujeitos que se desinteressam por este estudo.
Portanto, é imprescinível que haja, especialmente nas turmas de Educação Infantil e 1ª à 4ª série, motivações a mais, tais como: jogos, dinâmicas, dentre outras atividades que possam despertar a sua atenção.
Alguns exemplos de atividades que podemos sugerir são:
  1. Caça-palavras: palavras relacionadas a dificuldade que se pretende trabalhar;
  2. Loteria de palavras: Atividade na qual os educandos precisam marcar a opção correta de escrita de determinada palavra dentro de um contexto. Por exemplo: Escolher entre as palavras: Parte, partir e parti ; para completar a frase: A ___________ do filme que mais gostei foi aquela na qual a mulher cai do prédio e é salva pelo homem-aranha.
  3. Banco de palavras: Construção de livro a partir de dobraduras no qual os alunos registram corretamente as palavras que mais apresentam dificuldade ao longo das aulas;
  4. Ditado do aviãozinho: Registra-se no quadro uma porção de palavras para que os alunos as visualizem. Após a visualização o professor ditará e apagará uma a uma.
  5. Completar sequências de palavras com as letras a serem sugeridas: J ou G; R ou RR, por exemplo;

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

12º ENCONTRO: Será que podemos ensinar a Língua Portuguesa como segunda língua?











Planaltina, 07 de agosto de 2008

Em meio a tantos estudos sobre a nossa língua materna: a Língua Portuguesa, tivemos hoje uma fantástica história em outra língua: a Língua inglesa.
A professora Flávia trouxe-nos a oportunidade de ouvirmos outro idioma e tentarmos através de uma história com ilustrações compreender o que se passava. Como foi interessante percebermo-nos como aprendizes! Senti-me como uma criança em processo de alfabetização. É bom de vez em quando mudar de lado em nossa visão e perceber como o ensino precisa ser algo assim: dinâmico, alegre e contagiante.
O dia de hoje também nos concedeu um ótimo espaço para a reflexão a respeito da ortografia, a qual acredito que se faz muito importante na medida em que os alunos vão se apossando da língua escrita e é preciso que haja a compreensão de todos quanto a mesma.
Percebemos em nossas reflexões que todos nós possuímos duas línguas: a língua materna ( a qual falamos) e a língua padrão ( a qual está extremamente ligada à grafia das palavras de forma unificada).
Assim, penso que é possível ensinar a Língua Portuguesa como segunda língua, visto que nossos alunos já chegam à escola com a sua própria linguagem, a língua materna que adquirem no dia-a-dia em sua casa.
Repito então as palavras de uma colega cursista que enfatizou que:

"O que o aluno já sabe não é descartável " Elizangela

Penso então que é possível utilizar o que o aluno já sabe para a partir daí construir conhecimentos relacionados à norma padrão.

11º ENCONTRO

Planaltina, 31 de julho de 2008

Este encontro abriu espaço para o trabalho com poemas. Participamos de algo bastante interessante que foi a técnica: "Poemas Enlatados". Nesta técnica viajamos pela Timidez de Cecília Meireles, sentindo um "Perfume de você" de Oriza Martins e percebendo o quanto "O amor é simples" de Mario Quintana.
Outras tantas poesias nos fizeram lembrar: da Paixão Ardente (Oriza Martins) dos "Desejos" (Carlos Drumonnd de Andrade) e até dos "Desalentos" (Vinicius de Moraes).
Momentos poéticos assim às vezes são raros de acontecer e justamente por isso são tão fantásticos!
Então trazendo a memória um poema que faz parte da minha vida relembro aqui um poema de Vinicius de Morais: Soneto de Fidelidade
Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo e sempre e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou ao seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procures
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama,

Eu possa lhe dizer do amor que tive
Que seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

II Fórum - Heranças da leitura

Em sua trajetória, alguém te influenciou ou contribuiu para se tornar um bom leitor?
Com certeza o aluno que lê e gosta desta prática traz em sua bagagem de vida alguém que colaborou para que este momento fosse um momento de prazer.
Posso dizer com firmeza que meus pais foram os meus primeiros mestres nesta arte pois apesar de não possuírem tantos conhecimentos no que diz respeito ao meio acâdêmico e serem pessoas simples de pouca instrução, conseguiam me mostrar no dia-a-dia a importância da leitura para o meu crescimento como pessoa.
Houve por parte dos mesmos a valorização de pequenas coisas que eu escrevia e isso me fazia querer ler e escrever cada vez mais.
A partir desta reflexão relembro do Fórum: "Heranças da leitura" que traz justamente esta temática. Léo Cunha de maneira agradável e descontraída nos mostrou o quanto a sua vivência com os livros o ajudou a ser o escritor no qual se transformou. Ao ler alguns trechos de seus livros nos fez rir e pensar sobre a importância desta herança em nossa vida e em como nossos pais, que repito são nossos mestres, podem favorecer esta aquisição da língua.
Sua mãe, Maria Antonieta, também utilizou-se de vasto conhecimento sobre a língua e fez relatos sobre a influência de sua mãe em seu processo de aquisição e domínio da língua.
As idéias debatidas neste Fórum nos fazem perceber o quanto a família é realmente a BASE... e para TUDO!

terça-feira, 22 de julho de 2008

10º ENCONTRO: Qual a relação entre a oralidade e a escrita no estudo dos gêneros?






Começamos o nosso encontro nos distribuindo em duplas para a construção de alguns gêneros solicitados por nossa colega Érica. Cada dupla tinha como meta passar para o papel os gêneros sugeridos: receita, música, simpatia, dentre outros.
Os cartazes foram então expostos no quadro-giz e debatemos sobre os objetivos de cada um deles, a quem interessava e do que se tratava. Percebemos que os gêneros até mesmo pela estrutura como são escritos nos dão pistas do que se trata e para que serve sua escrita; ( uns para informar, outros para instruir, alguns para fazer rir, dentre outras utilizações.)
Percebemos perfeitamente o quanto a oralidade está bastante interligada ao estudo dos gêneros. Na verdade os próprios gêneros existem para atender aspectos da oralidade e da cultura do povo. Muitas travas e brincadeiras de roda por exemplo, que hoje conhecemos nos forma transmitidas através da oralidade e hoje estão senos registradas para que isso não se perca com o tempo.
O professor precisa perceber esta relação pois o aluno que lhe chega em sala de aula é um ser cultural traz consigo uma porção de gêneros que lhes são transmitidos pela família ou pela comunidade da qual faz parte. Aproveitar a "bagagem" do aluno é uma forma de valorização e de conquista da aprendizagem significativa deste aluno no âmbito de sala de aula.

9º ENCONTRO:Por que estudar gêneros e tipos textuais na escola?

É imprescindível que o estudante conheça e perceba a diferença entre os gêneros e os tipos textuais para conseguir se expressar, tanto oralmente quanto por escrito, de acordo com o que espera seu ouvinte ou leitor.
A escola é o melhor local para que a criança sistematize tais conhecimentos que com certeza já deve ter tido contato no mundo do qual faz parte, afinal, desde pequena ela convive direta ou indiretamente com este mundo da escrita, seja ao observar uma placa de trânsito, ao ver a mãe escrevendo uma lista de compras ou mesmo a receita do bolo de chocolate que ela tanto adora.
Cabe a escola mostrar os diferentes e amplos gêneros que existem e que não mudam com o tempo pois acabam tendo o mesmo objetivo. Como o e-mail, por exemplo, que nada mais é do que o bilhete que nossos pais e avós escreviam, visto que possuem as mesmas características: dar informações rápidas ao leitor.
Já os tipos textuais são restritos e se baseiam numa estrutura lingüística e escolha certa de palavras, sendo sempre algo estático. Os tipos são: argumentação, injunção, descrição, exposição e narração.
É promovendo o contato da criança com os diversos gêneros e com os tipos textuais que o professor irá exercitar em seus alunos as capacidade de reconhecer os fins para os quais este ou aquele texto foi construído. (COROA, 2004, p.33, fascículo 2)

8º ENCONTRO: Avaliação e portfólio: Quais as vantagens e desvantagens de se trabalhar com o portfólio.


O início deste encontro foi fantástico!
Como estamos em época de festa junina fomos presenteados com a Leitura Compartilhada do texto: Luiz Lua, pela nossa colega Nerinete, que além de contar a história interpretou durante a leitura um personagem característico do sertão. (O texto lido trata da história de Luiz Gonzaga.)
Após seu brilhante momento de leitura tivemos uma quadrilha improvisada, onde alegramo-nos com o ritmo que acompanha os passos da quadrilha, sendo este um momento de participação efetiva na cultura de nossa região.
Após este momento partimos para a reflexão destes diversos tipos de falas que temos em nosso país e percebemos a necessidade de valorização do aluno como um todo, como um ser que possui uma cultura que deve ser levada em consideração, também na hora de avaliá-lo em sala de aula.
Partimos então para a temática prevista para este encontro que era a avaliação. Neste encontro tivemos um proveitoso momento de debate e reflexão a respeito deste tema, que é algo muito importante para nosso fazer pedagógico.
É bem interessante perceber que as idéias as vezes se divergem, às vezes se completam e às vezes são as mesmas em nosso grupo.
Assim, a partir de um roteiro de perguntas sobre a avaliação estas foram algumas das respostas colhidas em nosso grupo:
1) O que é a avaliação?
v Momento de reflexão;
v Diagnóstico;
v Processo contínuo;
v Possibilidade de verificar resultados;
2) Para quê serve a avaliação?
v Para nortear o trabalho;
v Verificar resultados;
v Perceber o que deu certo;
v Valorizar os acertos;
3) De qual avaliação precisamos?

v Da auto-avaliação;
v Daquela que abandone à ênfase às notas;
v Daquela que favoreça o processo;
v Que tenha como foco o aluno e sua aprendizagem;
*******************************************
Como nós também estamos vivendo um momento de avaliação, não só em nosso fazer pedagógico, mas também neste curso do qual fazemos parte refletimos sobre este novo método de avaliar que é o portfólio.

Quais seriam as vantagens e desvantagens de sua utilização, tanto para os professores quanto para os alunos?
Penso que muito tem a se ganhar com este recurso pois através do portfólio o professor não corre o risco de avaliar seu aluno de maneira imediatista, observando-o apenas em um único momento diante de uma prova escrita.
E pode com certeza fundamentar suas argumentações para a aprovação ou reprovação de seus alunos por ter em mãos quase que um retrato do ano letivo cursado por este aluno. Nem se precisa mencionar o quanto o aluno é beneficiado com esta proposta pois o mesmo passa a ser valorizado em seus pormenores.
Contudo, ao se utilizar apenas do portfólio como recurso de avaliação o professor corre o risco de impedir que seus alunos conheçam outras maneiras de se avaliar e tenham dificuldade quando forem prestar concursos públicos ou mesmo vestibulares.
É preciso então que o aluno conheça também outros tipos de avaliações para que consiga superar os processos classificatórios dos quais precisará enfrentar se quiser adquirir cargos públicos ou cursar a universidade, visto que as avaliações para estes ingressos são, em sua maioria, objetivas.

I -FORUM

Como trabalhar o livro de literatura na sala de aula e como a imagem pode ser explorada?

O livro é um mundo mágico que abre muitas possibilidades para o trabalho do educador em sala de aula. Facilita a percepção da criança diante de situações diversas e contextualiza o conhecimento que está sendo transmitido à mesma.
As imagens podem fazer com que a criança navegue num mundo imaginário e consiga extravasar criatividade em suas próprias produções textuais.
Ao ler, estas imagens também marcam sua fase da vida e é isso que os autores quiseram mostrar ao público presente neste fórum de idéias.
Em forma de diálogo entre os participantes mostraram a magia que o livro pode construir na vida da criança, despertando-a e motivando-a para o ato da leitura e da escrita.

domingo, 13 de julho de 2008

7º ENCONTRO: Produção textual, coerência e coesão


Este dia foi um momento muito especial pois trouxe o lado teórico para uma aula super prática na qual nos envolvemos em grupo em produções textuais que nos mostraram o quanto fazemos uma relação de sentido entre as palavras.

Construímos um poema no qual foram utilizados apenas substantivos abstratos sem a presença de nenhuma outra classe gramatical.

Sentimos muita dificuldade em construir algo que nos fizesse sentido, porém, com muitas cabeças pensando vimos que muitas palavras tinham ligações umas com as outras ... e assim ficou o nosso poema:



Sentimentos

Amor...

carinho, emoção, perfeição, paixão, exigência, desilusão, saudade...


Amizade...

conquista, sentimento, sinceridade, compreensão, bondade, alegria, felicidade...


Ciúmes...

ambição, loucura, tristeza, dor, indiferença, covardia...


Juciléia, Gisele, Domingos, Luiza e Lucineide



Após esta construção textual, com as mesmas palavras que nos foram entregues pela tutora Valquíria, construímos desta vez um texto narrativo, o qual acredito que conseguiu ter mais coerência e coesão que o primeiro, por ter neste a presença dos ingredientes (ambiente, personagens, enredo, desfecho, tema, tempo cronológico/psicológico) e dos temperos ( coerência, coesão e elementos lingüísticos, tais como : preposições, conjunções, advérbios, pontuação) necessários para isso.

E este foi o texto que produzimos:


A viagem dos sentimentos


Numa ilha moravam todos os sentimentos. Num determinado tempo a ilha iria desaparecer e todos eles precisavam se salvar.

Porém, só havia uma maneira: num pequeno barco!

A desilusão nem entrou no barco porque não tinha uma forte emoção.

A exigência também não entrou pois queria a perfeição.

A ambição queria um barco maior que coubesse toda a sua loucura e indiferença.

O ciúme não foi pois queria levar consigo a tristeza e a dor. Contudo, as mesmas se afogaram em lágrimas.

A covardia ficou olhando com saudade de sua vidinha medíocre e acabou perdendo a viagem.

A paixão não embarcou pois não soube conquistar a compreensão dos outros tripulantes.

Enfim, os sentimentos que conseguiram seguir viagem e se salvar foram: o amor, a amizade, a bondade, o carinho, a alegria, a sinceridade e a felicidade pois juntos formaram uma base estável e unida para o barco prosseguir.

*******************************************



Este encontro possibilitou-nos então, a reflexão a respeito da textualidade, percebendo que os textos possuem uma característica em comum que é a necessidade de se fazer entender, de fazer sentido.

Afinal, de acordo com COROA ( 2004, p.15)

"É importante observar que não é por palavras isoladas ou sentenças soltas que nos comunicamos ou agimos no mundo: é por meio dos textos constituídos por palavras e sentenças ( por mais curtos ou mais longos que sejam) que a língua faz sentido. "


domingo, 6 de julho de 2008

6º ENCONTRO- Como trabalhar o erro? Qual minha postura diante dos erros de meus alunos?

Este encontro abriu-nos um leque de possibilidades para rever os escritos considerados erros ortográficos.


Num primeiro momento ouvimos Asa Branca, de Luis Gonzage e H. Teixeira, música na qual a letra que nos foi entregue constava várias palavras escritas de forma não-padrão, tais como: oiei no lugar de olhei, "preguntei" em vez de perguntei, dentre outros.
Tivemos então um momento teórico bastante esclerecedor onde nos foram passados conceitos que confesso, não eram por mim conhecidos, tais como:
  1. PALATALIZAÇÃO: Troca do LH pelo I ( em: oie (olhei) , óio (olhos);
  2. ROTACISMO: Troca de uma consoante pelo R. Ex: preguntei ( perguntei), prantação (plantação);
  3. MARCA DO PLURAL APENAS NO 1º ELEMENTO DO SINTAGMA: Ex: Hoje longe muitas légua;
  4. FORMAS ANTIGAS DE ARCAÍSMOS: Em palavras tais como: inté (até) intonce (então);

Os comentários e informações transmitidos ajudam-nos a perceber que muitas escritas de nossos alunos consideradas erros, têm na verdade uma explicação que precisa ser primeiramente analisada, em vez de simplesmente considerada como erro.

Assim, depois deste encontro muito de minha postura diante dos erros se modificou, uma vez que começo a observar bem mais do que a simples escrita errada, para ir além do escrito e observar o contexto do qual este aluno faz parte.

Também começo a me interessar no porquê de determinada escrita, bem como procuro fazer com que meu aluno possa descobrir seus próprios erros de maneira tranqüila e autonoma, utilizando o que em nossa escola costumamos chamar de: Olho vivo, uma proposta de auto-correção apresentada por nossa coordenadora Simone Nogueira, na escola da qual faço parte: CEFNSFAT .

O Olho vivo consiste na correção realizada pelos próprios alunos com base em um esquema.

Modelo de Olho vivo

  1. Troca de letra;
  2. Letra maiúscula;
  3. Parágrafo;
  4. Falta letra/ concordância;
  5. POntuação;
  6. Acentuação;

O professor em vez de simplesmente entregar um texto todo corrigido para que o aluno simplesmente copie-o, irá com o auxílio do Olho vivo fazer a sua correção de acordo com o que se espera como padrão, podendo contar com o auxílio de outros colegas, de seu professor, dentre outros recursos que dispuser para tal.

5º ENCONTRO- Análise do livro didático

Este encontro foi simplesmente fantástico!
Todos nós, membros do grupo, trouxemos de nossas escolas livros didáticos de Língua Portuguesa de 3ª à 8ª série para analisarmos seu contexto.
Observamos que a maioria dos livros, ao contrário do que deveria ser, não expressam a linguagem característica da região para a qual estão sendo destinados. Muitos apresentam simplesmente uma linguagem padrão como se todos os seus usuários morassem no mesmo espaço físico e utilizassem a mesma variante linguística. Desta forma, a maioria dos livros apresentam poucos textos que demonstram a pluralidade de línguas que existem no Brasil.
Contudo, os livros apresentam bastante atividades de leitura com diferentes gêneros textuais tais como: poesias, textos narrativos, piadas, notícias, folhetos, crônica, entrevista, lendas, dentre outros.
Os livros também apresentam debates e explorações orais o que facilita o trabalho do educador em sala de aula.
Foi muito interessante este momento de análise do livro didático e pudemos perceber que até mesmo dentro desta região administrativa na qual trabalhamos, Planaltina, há uma variedade de livros e isso também modifica o trabalho de escola para escola.
O ideal seria, acredito eu, que esta escolha de livros que acontece nas escolas fosse feita com mais seriedade e que se atendesse ao melhor pedido, sendo isso direcionado a todas as escolas de cada região administrativa.
Este momento de análise é imprescindível que aconteça por parte de todos os que utilizam o livro como um recurso a mais em sala de aula.

2º ENCONTRO - Quem é o professor de Língua Portuguesa?

Esta pergunta muitas vezes acaba se tornando um estigma na mente das pessoas. Muitos imaginam que o professor que trabalha na área de Língua Portuguesa seja o único responsável em trabalhar com seus alunos as questões gramaticais, de interpretação e ortografia das palavras. Porém deveria estar claro na mente de todo educador que estas questões não devem ser levadas em consideração apenas pelo professor de Língua Portuguesa mas por todos os que diariamente em suas aula buscam tornar seus alunos cada vez mais conhecedores da língua que utilizam para se expressar, seja em qual for a disciplina.
Porém, sabemos que o professor de Língua Portuguesa é quem mais se procupa com tais questões e também aquele que precisa estar sempre lendo e mostrando a seus alunos este mundo mágico da leitura e da escrita.
O professor de Língua Portuguesa, enfim, é ou deveria ser àquele que incentiva, participa e dá o exemplo.

domingo, 29 de junho de 2008

4º ENCONTRO Variação Lingüistica

O tema deste encontro é sempre de grande importância que todos os profissionais da educação o debatam, visto que com certeza a fala dos indivíduos influenciam seus estudos em sala de aula.
Muitas vezes na escola e em outros ambientes há bastante preconceito e um destes preconceitos é o preconceito linguistico, no qual os indivíduos são analisados de acordo com sua fala e não com seus conhecimentos.

3º ENCONTRO -Como eu falo e como minha fala se apresenta para o outro

No encontro do dia 17/04/08 tivemos como incentivação a dinâmica: BLÁ-BLÁ-BLÁ, dinâmica que nos mostrou a comunicação através de gestos e falas inventadas. Foi possível através desta dinâmica perceber o quanto a nossa fala é importante e essencial em nosso dia-a-dia.
Fizemos várias leituras, inclusive a leitura de um quadro "O Abapuru" de Tassila do Amaral, percebendo que até mesmo em uma obra de arte há uma interpretação a se fazer.
O trabalho pessoal sugerido neste encontro foi responder às seguintes questões:
1. Quando falo quais pessoas ou personagens eu trago para minha fala?
2. Qual a sombra que meu discurso deixa para o outro?
Tais questinamentos possibilitaram ao grupo perceber em sua fala a influência de familiares, pessoas próximas, bem como a influencia relacionada ao local onde se está.
Foi bastante interessante perceber o quanto nossa fala sofre influencias de acordo com quem se fala, sobre o quê e onde.

domingo, 22 de junho de 2008

1º ENCONTRO- Como me constituí o professor que hoje sou?

Desde que ingressei na escola lembro-me de um forte desejo que tinha em conseguir ser uma educadora. Lembro-me que inclusive uma das brincadeira de que mais gostava era justamente brincar de escolinha.
O tempo foi passando e fui seguindo uma trajetória de estudos onde a cobrança que partia de mim mesma era sempre muito grande. Terminei enfim o magistério e lembro-me de me sentir meio perdida por não conseguir logo no início encontrar um emprego.
Porém, acho que tudo o que foi me acontecendo foi simplesmente para me preparar para algo muito maior no meu futuro.
Conseguí enfim ingressar no mercado de trabalho e justamente onde eu gostaria de estar. Trabalho na área da Educação com muito amor e dedicação pelo que faço.
Todos os anos procuro sempre estabelecer metas e uma delas é participar de diferentes cursos que me ajudem a estar antenada no mundo do qual eu e meus alunos fazemos parte.
Este ano estou tendo uma experiência bastante inovadora com este curso, onde além de estar abrindo bastante meus conhecimentos com relação à Língua Portuguesa, também está me oferecendo a possibilidade de um contato maior com o mundo novo de troca de informações que é a internet. Canal através do qual podemos perceber outras realidades e levar nossos conhecimentos a um número cada vez maior de pessoas.
O curso tem em si uma dinâmica bastante envolvente, com aulas teóricas e práticas, o que também está com certeza sendo fundamental em minha formação para a profissional que hoje sou.
Desde o início deste curso tivemos vários momentos de debates que nos enriqueceram bastante com relação a aspectos relacionados à linguagem.

Num de nossos primeiros encontros (10/04/08) pudemos debater sobre a nossa fala, percebendo aspectos tais como: o conflito existente entre a língua escrita e falada; o prestígio social dos falantes pertencentes a determinados grupos sociais; bem como a vivacidade da língua falada que é praticamente inatingível pela língua escrita.
A variação lingüistica esteve presente em todos os discursos e tivemos momentos para aprofundamento diante deste assunto.

domingo, 15 de junho de 2008


Não há nada mais gratificante que encontrar no sorriso das crianças razões para continuar aprendendo e crescendo como profissional da educação.
Gisele Tôrres