quinta-feira, 2 de outubro de 2008

18º encontro


Como formar bons leitores

Cada um de nós, seres humanos, trazemos para o ambiente escolar a "bagagem" de conhecimentos que acumulamos ao longo da vida.
É por meio dos conteúdos desta "bagagem" que conseguimos refletir a respeito dos diversos textos que lemos. São os chamados: conhecimentos prévios.
Contudo, somente estes conhecimentos não nos tornam bons leitores, faz-se necessário à escola, ambiente no qual as informações serão sistematizadas, oferecer espaço para a leitura, reflexão e debate constantes.
Os indivíduos precisam perceber que ao se fazer uma leitura, seja ela qual for, tem-se antes de mais nada certos pressupostos, ou seja, certas idéias que antecedem ou dão informações anteriores ao que está escrito; assim como a partir do texto lido há subentendidos que ficam evidenciados, especialmente para os leitores que possuem uma gama maior de conhecimentos.
Desta maneira, quanto mais momentos de leitura e reflexão propostos aos alunos mais os mesmos conseguirão adquirir informações relevantes para outros instantes de leitura.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa ( PCN, 1998) há portanto, uma motivação aos educadores a fim de que reflitam sobre as necessidades de capacitação do aluno em compreender não só o que está escrito, mas também a identificar os implícitos.
Isso faz com que as escolas passem a dar mais atenção ao aspecto de "significação" e não como é de praxe nos dias atuais com a supervalorização que acontece aos estudos de ortografia, acentuação, assimilação de regras gramaticais, de concordância e regência.
As escolas precisam de espaços para a leitura e reflexão, em momentos de leituras prazerosas, possibilitando aos alunos uma leitura que vá além das grafias, além das significações descontextualizadas; que haja mais interpretação e análise do texto do que mera e simples reprodução de conhecimentos.
Formar bons leitores é sempre possível, cabe ao educador empreender propostas de ensino de leitura que objetivem estimular o pensamento organizado, pôr em foco a questão da significação, levando o aluno a apropriar-se do conhecimento de forma consciente, reflexiva e crítica, a fim de que este possa realmente alcançar um dos o objetivos propostos pelos PCN'S: "Tornar-se um usuário competente da linguagem no exercício da cidadania."


BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais- Língua Portuguesa: 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental. Brasília, MEC/SEF, 1998.

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