quinta-feira, 31 de julho de 2008
II Fórum - Heranças da leitura
terça-feira, 22 de julho de 2008
10º ENCONTRO: Qual a relação entre a oralidade e a escrita no estudo dos gêneros?
Os cartazes foram então expostos no quadro-giz e debatemos sobre os objetivos de cada um deles, a quem interessava e do que se tratava. Percebemos que os gêneros até mesmo pela estrutura como são escritos nos dão pistas do que se trata e para que serve sua escrita; ( uns para informar, outros para instruir, alguns para fazer rir, dentre outras utilizações.)
Percebemos perfeitamente o quanto a oralidade está bastante interligada ao estudo dos gêneros. Na verdade os próprios gêneros existem para atender aspectos da oralidade e da cultura do povo. Muitas travas e brincadeiras de roda por exemplo, que hoje conhecemos nos forma transmitidas através da oralidade e hoje estão senos registradas para que isso não se perca com o tempo.
O professor precisa perceber esta relação pois o aluno que lhe chega em sala de aula é um ser cultural traz consigo uma porção de gêneros que lhes são transmitidos pela família ou pela comunidade da qual faz parte. Aproveitar a "bagagem" do aluno é uma forma de valorização e de conquista da aprendizagem significativa deste aluno no âmbito de sala de aula.
9º ENCONTRO:Por que estudar gêneros e tipos textuais na escola?
A escola é o melhor local para que a criança sistematize tais conhecimentos que com certeza já deve ter tido contato no mundo do qual faz parte, afinal, desde pequena ela convive direta ou indiretamente com este mundo da escrita, seja ao observar uma placa de trânsito, ao ver a mãe escrevendo uma lista de compras ou mesmo a receita do bolo de chocolate que ela tanto adora.
Cabe a escola mostrar os diferentes e amplos gêneros que existem e que não mudam com o tempo pois acabam tendo o mesmo objetivo. Como o e-mail, por exemplo, que nada mais é do que o bilhete que nossos pais e avós escreviam, visto que possuem as mesmas características: dar informações rápidas ao leitor.
Já os tipos textuais são restritos e se baseiam numa estrutura lingüística e escolha certa de palavras, sendo sempre algo estático. Os tipos são: argumentação, injunção, descrição, exposição e narração.
É promovendo o contato da criança com os diversos gêneros e com os tipos textuais que o professor irá exercitar em seus alunos as capacidade de reconhecer os fins para os quais este ou aquele texto foi construído. (COROA, 2004, p.33, fascículo 2)
8º ENCONTRO: Avaliação e portfólio: Quais as vantagens e desvantagens de se trabalhar com o portfólio.
Como estamos em época de festa junina fomos presenteados com a Leitura Compartilhada do texto: Luiz Lua, pela nossa colega Nerinete, que além de contar a história interpretou durante a leitura um personagem característico do sertão. (O texto lido trata da história de Luiz Gonzaga.)
Após seu brilhante momento de leitura tivemos uma quadrilha improvisada, onde alegramo-nos com o ritmo que acompanha os passos da quadrilha, sendo este um momento de participação efetiva na cultura de nossa região.
Após este momento partimos para a reflexão destes diversos tipos de falas que temos em nosso país e percebemos a necessidade de valorização do aluno como um todo, como um ser que possui uma cultura que deve ser levada em consideração, também na hora de avaliá-lo em sala de aula.
Partimos então para a temática prevista para este encontro que era a avaliação. Neste encontro tivemos um proveitoso momento de debate e reflexão a respeito deste tema, que é algo muito importante para nosso fazer pedagógico.
É bem interessante perceber que as idéias as vezes se divergem, às vezes se completam e às vezes são as mesmas em nosso grupo.
Assim, a partir de um roteiro de perguntas sobre a avaliação estas foram algumas das respostas colhidas em nosso grupo:
1) O que é a avaliação?
v Momento de reflexão;
v Diagnóstico;
v Processo contínuo;
v Possibilidade de verificar resultados;
2) Para quê serve a avaliação?
v Para nortear o trabalho;
v Verificar resultados;
v Perceber o que deu certo;
v Valorizar os acertos;
3) De qual avaliação precisamos?
v Da auto-avaliação;
v Daquela que abandone à ênfase às notas;
v Daquela que favoreça o processo;
v Que tenha como foco o aluno e sua aprendizagem;
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Como nós também estamos vivendo um momento de avaliação, não só em nosso fazer pedagógico, mas também neste curso do qual fazemos parte refletimos sobre este novo método de avaliar que é o portfólio.
Quais seriam as vantagens e desvantagens de sua utilização, tanto para os professores quanto para os alunos?
Penso que muito tem a se ganhar com este recurso pois através do portfólio o professor não corre o risco de avaliar seu aluno de maneira imediatista, observando-o apenas em um único momento diante de uma prova escrita.
E pode com certeza fundamentar suas argumentações para a aprovação ou reprovação de seus alunos por ter em mãos quase que um retrato do ano letivo cursado por este aluno. Nem se precisa mencionar o quanto o aluno é beneficiado com esta proposta pois o mesmo passa a ser valorizado em seus pormenores.
Contudo, ao se utilizar apenas do portfólio como recurso de avaliação o professor corre o risco de impedir que seus alunos conheçam outras maneiras de se avaliar e tenham dificuldade quando forem prestar concursos públicos ou mesmo vestibulares.
É preciso então que o aluno conheça também outros tipos de avaliações para que consiga superar os processos classificatórios dos quais precisará enfrentar se quiser adquirir cargos públicos ou cursar a universidade, visto que as avaliações para estes ingressos são, em sua maioria, objetivas.
I -FORUM
O livro é um mundo mágico que abre muitas possibilidades para o trabalho do educador em sala de aula. Facilita a percepção da criança diante de situações diversas e contextualiza o conhecimento que está sendo transmitido à mesma.
As imagens podem fazer com que a criança navegue num mundo imaginário e consiga extravasar criatividade em suas próprias produções textuais.
Ao ler, estas imagens também marcam sua fase da vida e é isso que os autores quiseram mostrar ao público presente neste fórum de idéias.
Em forma de diálogo entre os participantes mostraram a magia que o livro pode construir na vida da criança, despertando-a e motivando-a para o ato da leitura e da escrita.
domingo, 13 de julho de 2008
7º ENCONTRO: Produção textual, coerência e coesão
domingo, 6 de julho de 2008
6º ENCONTRO- Como trabalhar o erro? Qual minha postura diante dos erros de meus alunos?
Num primeiro momento ouvimos Asa Branca, de Luis Gonzage e H. Teixeira, música na qual a letra que nos foi entregue constava várias palavras escritas de forma não-padrão, tais como: oiei no lugar de olhei, "preguntei" em vez de perguntei, dentre outros.
Tivemos então um momento teórico bastante esclerecedor onde nos foram passados conceitos que confesso, não eram por mim conhecidos, tais como:
- PALATALIZAÇÃO: Troca do LH pelo I ( em: oie (olhei) , óio (olhos);
- ROTACISMO: Troca de uma consoante pelo R. Ex: preguntei ( perguntei), prantação (plantação);
- MARCA DO PLURAL APENAS NO 1º ELEMENTO DO SINTAGMA: Ex: Hoje longe muitas légua;
- FORMAS ANTIGAS DE ARCAÍSMOS: Em palavras tais como: inté (até) intonce (então);
Os comentários e informações transmitidos ajudam-nos a perceber que muitas escritas de nossos alunos consideradas erros, têm na verdade uma explicação que precisa ser primeiramente analisada, em vez de simplesmente considerada como erro.
Assim, depois deste encontro muito de minha postura diante dos erros se modificou, uma vez que começo a observar bem mais do que a simples escrita errada, para ir além do escrito e observar o contexto do qual este aluno faz parte.
Também começo a me interessar no porquê de determinada escrita, bem como procuro fazer com que meu aluno possa descobrir seus próprios erros de maneira tranqüila e autonoma, utilizando o que em nossa escola costumamos chamar de: Olho vivo, uma proposta de auto-correção apresentada por nossa coordenadora Simone Nogueira, na escola da qual faço parte: CEFNSFAT .
O Olho vivo consiste na correção realizada pelos próprios alunos com base em um esquema.
Modelo de Olho vivo
- Troca de letra;
- Letra maiúscula;
- Parágrafo;
- Falta letra/ concordância;
- POntuação;
- Acentuação;
O professor em vez de simplesmente entregar um texto todo corrigido para que o aluno simplesmente copie-o, irá com o auxílio do Olho vivo fazer a sua correção de acordo com o que se espera como padrão, podendo contar com o auxílio de outros colegas, de seu professor, dentre outros recursos que dispuser para tal.