quinta-feira, 31 de julho de 2008

II Fórum - Heranças da leitura

Em sua trajetória, alguém te influenciou ou contribuiu para se tornar um bom leitor?
Com certeza o aluno que lê e gosta desta prática traz em sua bagagem de vida alguém que colaborou para que este momento fosse um momento de prazer.
Posso dizer com firmeza que meus pais foram os meus primeiros mestres nesta arte pois apesar de não possuírem tantos conhecimentos no que diz respeito ao meio acâdêmico e serem pessoas simples de pouca instrução, conseguiam me mostrar no dia-a-dia a importância da leitura para o meu crescimento como pessoa.
Houve por parte dos mesmos a valorização de pequenas coisas que eu escrevia e isso me fazia querer ler e escrever cada vez mais.
A partir desta reflexão relembro do Fórum: "Heranças da leitura" que traz justamente esta temática. Léo Cunha de maneira agradável e descontraída nos mostrou o quanto a sua vivência com os livros o ajudou a ser o escritor no qual se transformou. Ao ler alguns trechos de seus livros nos fez rir e pensar sobre a importância desta herança em nossa vida e em como nossos pais, que repito são nossos mestres, podem favorecer esta aquisição da língua.
Sua mãe, Maria Antonieta, também utilizou-se de vasto conhecimento sobre a língua e fez relatos sobre a influência de sua mãe em seu processo de aquisição e domínio da língua.
As idéias debatidas neste Fórum nos fazem perceber o quanto a família é realmente a BASE... e para TUDO!

terça-feira, 22 de julho de 2008

10º ENCONTRO: Qual a relação entre a oralidade e a escrita no estudo dos gêneros?






Começamos o nosso encontro nos distribuindo em duplas para a construção de alguns gêneros solicitados por nossa colega Érica. Cada dupla tinha como meta passar para o papel os gêneros sugeridos: receita, música, simpatia, dentre outros.
Os cartazes foram então expostos no quadro-giz e debatemos sobre os objetivos de cada um deles, a quem interessava e do que se tratava. Percebemos que os gêneros até mesmo pela estrutura como são escritos nos dão pistas do que se trata e para que serve sua escrita; ( uns para informar, outros para instruir, alguns para fazer rir, dentre outras utilizações.)
Percebemos perfeitamente o quanto a oralidade está bastante interligada ao estudo dos gêneros. Na verdade os próprios gêneros existem para atender aspectos da oralidade e da cultura do povo. Muitas travas e brincadeiras de roda por exemplo, que hoje conhecemos nos forma transmitidas através da oralidade e hoje estão senos registradas para que isso não se perca com o tempo.
O professor precisa perceber esta relação pois o aluno que lhe chega em sala de aula é um ser cultural traz consigo uma porção de gêneros que lhes são transmitidos pela família ou pela comunidade da qual faz parte. Aproveitar a "bagagem" do aluno é uma forma de valorização e de conquista da aprendizagem significativa deste aluno no âmbito de sala de aula.

9º ENCONTRO:Por que estudar gêneros e tipos textuais na escola?

É imprescindível que o estudante conheça e perceba a diferença entre os gêneros e os tipos textuais para conseguir se expressar, tanto oralmente quanto por escrito, de acordo com o que espera seu ouvinte ou leitor.
A escola é o melhor local para que a criança sistematize tais conhecimentos que com certeza já deve ter tido contato no mundo do qual faz parte, afinal, desde pequena ela convive direta ou indiretamente com este mundo da escrita, seja ao observar uma placa de trânsito, ao ver a mãe escrevendo uma lista de compras ou mesmo a receita do bolo de chocolate que ela tanto adora.
Cabe a escola mostrar os diferentes e amplos gêneros que existem e que não mudam com o tempo pois acabam tendo o mesmo objetivo. Como o e-mail, por exemplo, que nada mais é do que o bilhete que nossos pais e avós escreviam, visto que possuem as mesmas características: dar informações rápidas ao leitor.
Já os tipos textuais são restritos e se baseiam numa estrutura lingüística e escolha certa de palavras, sendo sempre algo estático. Os tipos são: argumentação, injunção, descrição, exposição e narração.
É promovendo o contato da criança com os diversos gêneros e com os tipos textuais que o professor irá exercitar em seus alunos as capacidade de reconhecer os fins para os quais este ou aquele texto foi construído. (COROA, 2004, p.33, fascículo 2)

8º ENCONTRO: Avaliação e portfólio: Quais as vantagens e desvantagens de se trabalhar com o portfólio.


O início deste encontro foi fantástico!
Como estamos em época de festa junina fomos presenteados com a Leitura Compartilhada do texto: Luiz Lua, pela nossa colega Nerinete, que além de contar a história interpretou durante a leitura um personagem característico do sertão. (O texto lido trata da história de Luiz Gonzaga.)
Após seu brilhante momento de leitura tivemos uma quadrilha improvisada, onde alegramo-nos com o ritmo que acompanha os passos da quadrilha, sendo este um momento de participação efetiva na cultura de nossa região.
Após este momento partimos para a reflexão destes diversos tipos de falas que temos em nosso país e percebemos a necessidade de valorização do aluno como um todo, como um ser que possui uma cultura que deve ser levada em consideração, também na hora de avaliá-lo em sala de aula.
Partimos então para a temática prevista para este encontro que era a avaliação. Neste encontro tivemos um proveitoso momento de debate e reflexão a respeito deste tema, que é algo muito importante para nosso fazer pedagógico.
É bem interessante perceber que as idéias as vezes se divergem, às vezes se completam e às vezes são as mesmas em nosso grupo.
Assim, a partir de um roteiro de perguntas sobre a avaliação estas foram algumas das respostas colhidas em nosso grupo:
1) O que é a avaliação?
v Momento de reflexão;
v Diagnóstico;
v Processo contínuo;
v Possibilidade de verificar resultados;
2) Para quê serve a avaliação?
v Para nortear o trabalho;
v Verificar resultados;
v Perceber o que deu certo;
v Valorizar os acertos;
3) De qual avaliação precisamos?

v Da auto-avaliação;
v Daquela que abandone à ênfase às notas;
v Daquela que favoreça o processo;
v Que tenha como foco o aluno e sua aprendizagem;
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Como nós também estamos vivendo um momento de avaliação, não só em nosso fazer pedagógico, mas também neste curso do qual fazemos parte refletimos sobre este novo método de avaliar que é o portfólio.

Quais seriam as vantagens e desvantagens de sua utilização, tanto para os professores quanto para os alunos?
Penso que muito tem a se ganhar com este recurso pois através do portfólio o professor não corre o risco de avaliar seu aluno de maneira imediatista, observando-o apenas em um único momento diante de uma prova escrita.
E pode com certeza fundamentar suas argumentações para a aprovação ou reprovação de seus alunos por ter em mãos quase que um retrato do ano letivo cursado por este aluno. Nem se precisa mencionar o quanto o aluno é beneficiado com esta proposta pois o mesmo passa a ser valorizado em seus pormenores.
Contudo, ao se utilizar apenas do portfólio como recurso de avaliação o professor corre o risco de impedir que seus alunos conheçam outras maneiras de se avaliar e tenham dificuldade quando forem prestar concursos públicos ou mesmo vestibulares.
É preciso então que o aluno conheça também outros tipos de avaliações para que consiga superar os processos classificatórios dos quais precisará enfrentar se quiser adquirir cargos públicos ou cursar a universidade, visto que as avaliações para estes ingressos são, em sua maioria, objetivas.

I -FORUM

Como trabalhar o livro de literatura na sala de aula e como a imagem pode ser explorada?

O livro é um mundo mágico que abre muitas possibilidades para o trabalho do educador em sala de aula. Facilita a percepção da criança diante de situações diversas e contextualiza o conhecimento que está sendo transmitido à mesma.
As imagens podem fazer com que a criança navegue num mundo imaginário e consiga extravasar criatividade em suas próprias produções textuais.
Ao ler, estas imagens também marcam sua fase da vida e é isso que os autores quiseram mostrar ao público presente neste fórum de idéias.
Em forma de diálogo entre os participantes mostraram a magia que o livro pode construir na vida da criança, despertando-a e motivando-a para o ato da leitura e da escrita.

domingo, 13 de julho de 2008

7º ENCONTRO: Produção textual, coerência e coesão


Este dia foi um momento muito especial pois trouxe o lado teórico para uma aula super prática na qual nos envolvemos em grupo em produções textuais que nos mostraram o quanto fazemos uma relação de sentido entre as palavras.

Construímos um poema no qual foram utilizados apenas substantivos abstratos sem a presença de nenhuma outra classe gramatical.

Sentimos muita dificuldade em construir algo que nos fizesse sentido, porém, com muitas cabeças pensando vimos que muitas palavras tinham ligações umas com as outras ... e assim ficou o nosso poema:



Sentimentos

Amor...

carinho, emoção, perfeição, paixão, exigência, desilusão, saudade...


Amizade...

conquista, sentimento, sinceridade, compreensão, bondade, alegria, felicidade...


Ciúmes...

ambição, loucura, tristeza, dor, indiferença, covardia...


Juciléia, Gisele, Domingos, Luiza e Lucineide



Após esta construção textual, com as mesmas palavras que nos foram entregues pela tutora Valquíria, construímos desta vez um texto narrativo, o qual acredito que conseguiu ter mais coerência e coesão que o primeiro, por ter neste a presença dos ingredientes (ambiente, personagens, enredo, desfecho, tema, tempo cronológico/psicológico) e dos temperos ( coerência, coesão e elementos lingüísticos, tais como : preposições, conjunções, advérbios, pontuação) necessários para isso.

E este foi o texto que produzimos:


A viagem dos sentimentos


Numa ilha moravam todos os sentimentos. Num determinado tempo a ilha iria desaparecer e todos eles precisavam se salvar.

Porém, só havia uma maneira: num pequeno barco!

A desilusão nem entrou no barco porque não tinha uma forte emoção.

A exigência também não entrou pois queria a perfeição.

A ambição queria um barco maior que coubesse toda a sua loucura e indiferença.

O ciúme não foi pois queria levar consigo a tristeza e a dor. Contudo, as mesmas se afogaram em lágrimas.

A covardia ficou olhando com saudade de sua vidinha medíocre e acabou perdendo a viagem.

A paixão não embarcou pois não soube conquistar a compreensão dos outros tripulantes.

Enfim, os sentimentos que conseguiram seguir viagem e se salvar foram: o amor, a amizade, a bondade, o carinho, a alegria, a sinceridade e a felicidade pois juntos formaram uma base estável e unida para o barco prosseguir.

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Este encontro possibilitou-nos então, a reflexão a respeito da textualidade, percebendo que os textos possuem uma característica em comum que é a necessidade de se fazer entender, de fazer sentido.

Afinal, de acordo com COROA ( 2004, p.15)

"É importante observar que não é por palavras isoladas ou sentenças soltas que nos comunicamos ou agimos no mundo: é por meio dos textos constituídos por palavras e sentenças ( por mais curtos ou mais longos que sejam) que a língua faz sentido. "


domingo, 6 de julho de 2008

6º ENCONTRO- Como trabalhar o erro? Qual minha postura diante dos erros de meus alunos?

Este encontro abriu-nos um leque de possibilidades para rever os escritos considerados erros ortográficos.


Num primeiro momento ouvimos Asa Branca, de Luis Gonzage e H. Teixeira, música na qual a letra que nos foi entregue constava várias palavras escritas de forma não-padrão, tais como: oiei no lugar de olhei, "preguntei" em vez de perguntei, dentre outros.
Tivemos então um momento teórico bastante esclerecedor onde nos foram passados conceitos que confesso, não eram por mim conhecidos, tais como:
  1. PALATALIZAÇÃO: Troca do LH pelo I ( em: oie (olhei) , óio (olhos);
  2. ROTACISMO: Troca de uma consoante pelo R. Ex: preguntei ( perguntei), prantação (plantação);
  3. MARCA DO PLURAL APENAS NO 1º ELEMENTO DO SINTAGMA: Ex: Hoje longe muitas légua;
  4. FORMAS ANTIGAS DE ARCAÍSMOS: Em palavras tais como: inté (até) intonce (então);

Os comentários e informações transmitidos ajudam-nos a perceber que muitas escritas de nossos alunos consideradas erros, têm na verdade uma explicação que precisa ser primeiramente analisada, em vez de simplesmente considerada como erro.

Assim, depois deste encontro muito de minha postura diante dos erros se modificou, uma vez que começo a observar bem mais do que a simples escrita errada, para ir além do escrito e observar o contexto do qual este aluno faz parte.

Também começo a me interessar no porquê de determinada escrita, bem como procuro fazer com que meu aluno possa descobrir seus próprios erros de maneira tranqüila e autonoma, utilizando o que em nossa escola costumamos chamar de: Olho vivo, uma proposta de auto-correção apresentada por nossa coordenadora Simone Nogueira, na escola da qual faço parte: CEFNSFAT .

O Olho vivo consiste na correção realizada pelos próprios alunos com base em um esquema.

Modelo de Olho vivo

  1. Troca de letra;
  2. Letra maiúscula;
  3. Parágrafo;
  4. Falta letra/ concordância;
  5. POntuação;
  6. Acentuação;

O professor em vez de simplesmente entregar um texto todo corrigido para que o aluno simplesmente copie-o, irá com o auxílio do Olho vivo fazer a sua correção de acordo com o que se espera como padrão, podendo contar com o auxílio de outros colegas, de seu professor, dentre outros recursos que dispuser para tal.

5º ENCONTRO- Análise do livro didático

Este encontro foi simplesmente fantástico!
Todos nós, membros do grupo, trouxemos de nossas escolas livros didáticos de Língua Portuguesa de 3ª à 8ª série para analisarmos seu contexto.
Observamos que a maioria dos livros, ao contrário do que deveria ser, não expressam a linguagem característica da região para a qual estão sendo destinados. Muitos apresentam simplesmente uma linguagem padrão como se todos os seus usuários morassem no mesmo espaço físico e utilizassem a mesma variante linguística. Desta forma, a maioria dos livros apresentam poucos textos que demonstram a pluralidade de línguas que existem no Brasil.
Contudo, os livros apresentam bastante atividades de leitura com diferentes gêneros textuais tais como: poesias, textos narrativos, piadas, notícias, folhetos, crônica, entrevista, lendas, dentre outros.
Os livros também apresentam debates e explorações orais o que facilita o trabalho do educador em sala de aula.
Foi muito interessante este momento de análise do livro didático e pudemos perceber que até mesmo dentro desta região administrativa na qual trabalhamos, Planaltina, há uma variedade de livros e isso também modifica o trabalho de escola para escola.
O ideal seria, acredito eu, que esta escolha de livros que acontece nas escolas fosse feita com mais seriedade e que se atendesse ao melhor pedido, sendo isso direcionado a todas as escolas de cada região administrativa.
Este momento de análise é imprescindível que aconteça por parte de todos os que utilizam o livro como um recurso a mais em sala de aula.

2º ENCONTRO - Quem é o professor de Língua Portuguesa?

Esta pergunta muitas vezes acaba se tornando um estigma na mente das pessoas. Muitos imaginam que o professor que trabalha na área de Língua Portuguesa seja o único responsável em trabalhar com seus alunos as questões gramaticais, de interpretação e ortografia das palavras. Porém deveria estar claro na mente de todo educador que estas questões não devem ser levadas em consideração apenas pelo professor de Língua Portuguesa mas por todos os que diariamente em suas aula buscam tornar seus alunos cada vez mais conhecedores da língua que utilizam para se expressar, seja em qual for a disciplina.
Porém, sabemos que o professor de Língua Portuguesa é quem mais se procupa com tais questões e também aquele que precisa estar sempre lendo e mostrando a seus alunos este mundo mágico da leitura e da escrita.
O professor de Língua Portuguesa, enfim, é ou deveria ser àquele que incentiva, participa e dá o exemplo.