Data da execução: 28/10/2008
Clientela: Turmas: 3ªA, 3ª B, e 3ª C; 4ªA, 4ª B, e 4ª C da escola Centro de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Fátima;
Turno: Matutino
Clientela: Turmas: 3ªA, 3ª B, e 3ª C; 4ªA, 4ª B, e 4ª C da escola Centro de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Fátima;
Turno: Matutino
I. Competências e Habilidades :
· Compreender o sentido das mensagens orais e escritas de que é destinatário direto ou indireto;
· Refletir sobre a língua oral, seu uso e adequação;
· Expor oralmente com desenvoltura;
· Construir sentimentos, experiências e idéias a partir da leitura;[1]
II. Objetivo geral : Desenvolver através de fábulas momentos de descontração e criatividade na produção de textos escritos modificando o narrador da história.
III. Objetivos específicos:
· Promover momento de leitura e escrita em sala de aula;
· Possibilitar a troca de informações entre os alunos;
· Desenvolver a percepção das várias versões de textos;
· Trabalhar com a oralidade dos alunos;
IV. Recursos materiais:
· quadro-giz;
· folha branca;
· fábulas impressas;
V. Recursos humanos:
· Professor leitor da fábula;
· Diálogo para explicações e organização das idéias das crianças;
· Auxílio do professor na construção dos textos;
VI. Procedimentos
A) 1º Momento:
Contar ou ler uma fábula aos alunos;
B) 2º Momento:
Interpretação e entendimento oral da fábula;
C) 3º Momento:
Propor a reprodução coletiva da fábula contada mudando a visão da história e passando para a primeira pessoa.
Fazer interferência no quadro chamando a atenção para a escrita das palavras, pontuação, seqüência de idéias, dentre outros elementos imprescindíveis na construção de textos;
Registro da fábula adaptada no caderno.
D) 4º Momento:
Propor a criação individual de fábulas.
Apresentar diversas possibilidades para a escolha, tais como:
· O homem e o rio;
· O sapo e a mosca;
· A formiga e a galinha;
· O gato e o cachorro;
· O leão e a formiguinha;
· Ou mesmo deixar a livre escolha individual do aluno;
E) 5º Momento:
Estas produções poderão ser realizadas em folhas avulsas para que haja um posterior reajuste por parte do professor com o auxílio do olho vivo.
Caso os alunos não consigam terminar esta atividade poderão realizá-la no próximo encontro (recolher as folhas);
ALGUMAS FÁBULAS
O LEÃO E O RATINHO
Ao sair do buraco viu-se um ratinho entre as patas do leão. Estacou de pêlos em pé, paralisado pelo terror. O leão porém, não lhe fez mal nenhum.
- Segue em paz, ratinho,; não tenhas medo de teu rei.
Dias depois o leão caiu numa rede. Urrou desesperadamente, debateu-se, mas quanto mais se agitava mais preso no laço ficava.
Atraído pelos urros, apareceu o ratinho.
-Amor com amor se paga- disse ele lá consigo e pôs-se a roer as cordas.
Num instante conseguiu romper uma das malhas. E como a rede era das tais que rompida a primeira malha as outras se afrouxam, pôde o leão deslindar-se e fugir.
Mais vale paciência pequenina do que arrancos de leão
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p.51)
A CORUJA E A ÁGUIA
Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
- Basta de guerra- disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
- Perfeitamente- respondeu a águia.- Também eu não quero outra coisa.
-Nesse caso combinemos isto: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
-Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?
-Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes são os meus.
-Está feito! -concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
- Horríveis bichos!- disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja. E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente e foi justar contas com a rainha das aves.
-Que? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...
Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Lá diz o ditado: quem o feio ama, bonito lhe parece.
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p. 8-9)
A RÃ E O BOI
Tomavam sol à beira dum brejo uma rã e uma saracura. Nisto chegou um boi que vinha para o bebedouro.
- Quer ver, disse a rã, como fico do tamanho deste animal?
- Impossível rãzinha. Cada qual como Deus o fez.
- Pois olhe lá!-retorquiu a rã estufando-se toda. Não estou "quase" igual a ele?
- Capaz! Falta muito, amiga.
A rã estufou-se mais um bocado.
-E agora?
- Longe ainda!
A rã fez novo esforço.
- E agora?
- Que esperança!...
A rã concentrando todas as forças,engoliu mais ar e foi se estufando, estufando, até que, plaf! rebentou como um balãozinho de elástico.
O boi que tinha acabado de beber, lançou um olhar de filósofo sobre a rã moribunda e disse:
-Quem nasce para dez réis não chega a vintém!
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p. 10)
O GALO QUE LOGROU A RAPOSA
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore.A raposa, desapontada, murmurou consigo: "Deixa estar, seu malandro, que já te curo!" E em voz alta:
- Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
- Muito bem!´ exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
Ao ouvir falar em cachorros, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigo Co-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica pra outra vez a festa, sim? Até logo.
E raspou-se.
Contra esperteza, esperteza e meia.
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p.19)
A ONÇA DOENTE
A onça caiu da árvore e por muitos dias esteve de cama seriamente enferma. E como não pudesse caçar, padecia fome das negras.
Em tais apuros imaginou um plano:
- Comadre arara- disse ela- corra o mundo e diga à bicharada que estou à morte e exijo que venham visitar-me.
A irara partiu, deu o recado e os animais, um a um, principiaram a visitar a onça.
Vem o veado, vem a capivara, vem a cutia, vem o porco-do-mato.
Veio também o jabuti.
mas o finório jabuti, antes de penetrar na toca, teve a lembrança de olhar para o chão. Viu na poeira só rastros entrantes, não viu nenhum rastro sainte. E desconfiou:
-Hum!...Parece que nesta casa quem entra não sai. O melhor, em vez de visitar a nossa querida onça doente, é ir rezar por ela...
E foi o único que se salvou. (LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p. 4
[1] Competência e Habilidades propostas no Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal - Ensino Fundamental- 1ª à 4ª série, 2000, p. 99 à 102.
Para visualizar mais fotos entre no blog: galeralegal2008blogspot.com